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Volta ao lar
O macaco prego, carinhosamente chamado de PeRcoço, foi devolvido ao arboreto do Jardim Botânico do Rio de Janeiro nesta semana em que foi comemorado o Dia da Defesa da Fauna (22/09).
PeRcoço foi resgatado pelo Corpo de Bombeiros, depois de um acidente, no Alto da Boa Vista. Por conta disso, o macaco ficou com o pescoço torto, daí a escolha do seu nome. Tratado pelo Dr. Jeferson Pires, na Clínica de Recuperação de Animais Selvagens da Universidade Estácio de Sá (UNESA), parceira do Núcleo de Fauna do JBRJ, PeRcoço voltou para o Jardim Botânico onde foi microchipado pela equipe de biólogos e passou por um processo de reintrodução à natureza.
Enquanto o macaco estava sob os cuidados da equipe do Jardim Botânico, foram feitas coletas de sangue e material orgânico para diversos exames pelo Projeto de monitoramento de primatas no RJ, coordenado pelo Dr. Carlos Eduardo Verona. O projeto, do qual o Núcleo de Fauna do Jardim participa desde 2008, monitora a saúde e o comportamento de diversas espécies de primatas no Rio de Janeiro, investigando possíveis doenças, quadros parasitários, comportamento, ecologia e muitos outros aspectos.
PeRcoço foi apresentado ao grupo de macacos-prego do arboreto para um primeiro contato. Macacos-prego são territorialistas e têm uma hierarquia muito rígida, onde o líder tem o domínio de todas as fêmeas e seus aliados. Ao ser apresentado, o novato, junto com uma seleção de subornos (frutas e outras delícias, especialmente selecionadas para essa dinâmica), o grupo começa a associar o seu cheiro com a abundância de recursos e a considerar o recém-chegado um cara gente fina. Isso pode ajudar muito na hora de fazer novas amizades e ser aceito no grupo.
Ao ser solto, PeRcoço correu para a grama e os galhos das árvores próximas, onde ficou por um tempo até que a equipe do Núcleo da Fauna do JBRJ o perdesse de vista dentro do arboreto.
fotos: Nucleo de Fauna do JBRJ
Microchipagem do PeRcoço
PeRcoço solto no arboreto do Jardim Botâncio do Rio de Janeiro