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Exposição Metamorfose entra em cartaz no Museu do Meio Ambiente
Nascer, transformar, reviver. O ciclo de vida das borboletas foi a inspiração da artista plástica Patrícia Secco para sua nova exposição, Metamorfose. Em cartaz a partir do dia 6 de maio, a exposição inaugura a programação do Museu do Meio Ambiente para a Semana Nacional de Museus, que em sua 13ª edição traz o tema Museus para uma sociedade sustentável.
Ao propor a reflexão sobre a evolução das borboletas, a artista evidencia o próprio ciclo de vida dos objetos. Não por acaso, Patrícia Secco utilizou como principal matéria-prima cápsulas de alumínio de Nespresso: desconstruiu, recortou, deu nova forma, uso e beleza, transformando-as em obra de arte.
Duas séries de aquarelas e uma grande instalação compõem a mostra. Para elaborar algumas das 35 aquarelas, a artista fez uso de borra de café, retirada das capsulas usadas na instalação.
Na instalação, além de borboletas recortadas das cápsulas, a artista usou materiais como isopor e arame. O resultado permite que o espectador percorra os ciclos da metamorfose da borboleta, passando pelas quatro partes deste processo: Ovo, Casulo, Lagarta e Borboleta.
"Eu quis reciclar as cápsulas, que tem cores vibrantes e são feitas de metal, pois se não reciclarmos elas duram milhares de anos para se desfazer. Como têm um visual lindíssimo, resolvi transformá-las em arte. Ao mesmo tempo não queria que fosse óbvio para quem vê. Então viraram esculturas de lagarta, borboletas e casulos, explica a artista.
Sua obra também demonstra engajamento: Alguns trabalhos em aquarela são uma crítica às pessoas que empalham borboletas e vendem para turistas, diz Patrícia, cujo trabalho tem como traço característico a preocupação com o meio ambiente.
Para elaborar a exposição, a artista levou mais de dois anos. Um trabalho minucioso, que passou pelo recorte de milhares de borboletas, posteriormente pintadas e transformadas em personagens das obras.
A exposição fica em cartaz de 6 de maio a 5 de agosto.
De terça a domingo, das 9h às 17h.
Sobre a artista
Patrícia Secco começou a estudar pintura no Rio de Janeiro, onde nasceu. Em 1990 se mudou para Washington, onde cursou o Corcoran Institute of Art, na Universidade de Georgetown, e o Rockville Art Center, onde aprofundou a técnica em aquarela, acrílica e óleo com os artistas plásticos Bill Newman, Kathy Blosson e Ellen Burgoyne. Já realizou dezenas de exposições em diversas cidades do Brasil e do exterior (Nova York, Washington, Miami, Paris, Londres, Roma, entre outras), e em 2005 participou da conceituada Bienal de Florença. Recebeu diversos prêmios, inclusive um do Jardim Botânico, em fevereiro de 1997, com duas obras (Reflexos e Fascinação) selecionadas em primeiro e segundo lugares, respectivamente.