Geral
Voluntários on-line ajudam a conhecer a diversidade da flora brasileira
O Royal Botanic Gardens, Kew, no Reino Unido, lançou o DigiVol, um projeto de ciência cidadã em que qualquer pessoa pode colaborar, em seu tempo livre, com o herbário virtual interativo da instituição.
Com um acervo de aproximadamente 7 milhões de exsicatas - amostras de plantas secas - de diversos lugares do planeta, o Herbário de Kew foi um dos primeiros parceiros internacionais convidados do programa Reflora, coordenado pelo Jardim Botânico do Rio de Janeiro (JBRJ). Entre 2010 e 2018, o programa digitalizou milhões de amostras de plantas brasileiras depositadas em diversas instituições no Brasil e no mundo.
Não é por acaso, portanto, que as coleções brasileiras foram incluídas no DigiVol. Elas continuam crescendo e precisam ter seus dados de coleta, inscritos nas etiquetas das amostras, digitados em um sistema de banco de dados, para serem reunidos às imagens digitalizadas. Essas imagens e seus dados capturados farão parte também do Herbário Virtual Reflora.
A primeira coleção brasileira no projeto é das Compositae (Asteraceae), que são as plantas da família das margaridas e dos girassois. O voluntário se engaja em uma "expedição" que atravessa o Brasil de Roraima ao Rio Grande do Sul, transcrevendo os dados das etiquetas dessas plantas.
Esses dados, depois disponibilizados online, são fundamentais para que os pesquisadores, no Brasil e no mundo, possam estudar as plantas, saber onde elas ocorrem, fazer avaliações de seu estado de conservação - se estão em risco de extinção ou não, compará-las com coletas recentes e determinar novas espécies, entre outras coisas.
Quem quiser colaborar como voluntário, pode acessar a página dessa expedição no projeto DigiVol e se cadastrar. Acesse o Manual em português com as instruções para participar.
Foto da home: Chresta souzae | Daniel Maurenza/CNCFlora