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Abelhas solitárias têm refúgio no Jardim Botânico
As abelhas que vivem em colmeias e colônias podem ser mais famosas, mas as abelhas solitárias são maioria na natureza. Três espécies de abelhas solitárias do gênero
Epicharis Klug
(Hymenoptera: Centridini) escolheram uma área do Jardim Botânico do Rio de Janeiro para se reproduzirem sucessivamente. Os ninhos são feitos no solo - um fenômeno que acontece a cada verão e dura até o outono, quando os filhotes emergem. Durante esse período, o Jardim interdita essa área para permitir que as abelhas se reproduzam em segurança, sem correrem o risco de terem seus ninhos pisoteados.
Os ninhos têm formato de barril e são impermeabilizados pelas fêmeas com óleo floral que, assim como o pólen, também serve de alimento para as larvas. As abelhas da tribo Centridini têm pentes especiais nas pernas para coletarem e transportarem o óleo e o pólen de plantas nativas como as das famílias Malpighiaceae e Scrophulariaceae. Por isso, essas abelhas são importantes polinizadoras de numerosas espécies de plantas nas florestas neotropicais, como a Mata Atlântica, e no Cerrado. Após a colocação dos ovos em células individuais estocadas com o alimento, a fêmea morre antes de suas crias nascerem.
As abelhas solitárias não são agressivas e só ferroam se forem manuseadas ou atacadas.
foto da home: Felipe Vivallo