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Com aumento expressivo na participação de mulheres, 8º FISL termina em Porto Alegre
16/04/2007 | Computerworld | Editoria: Últimas Notícias | Assunto: Software LivreNo total 5.038 participantes debateram durante três dias os caminhos do software livre no País, sendo que desse total 10,8% foram mulheres.Elas ainda contabilizam um pequeno contingente entre os visitantes do Fórum Internacional de Software Livre (FISL), realizado em Porto Alegre, mas tiveram sua participação praticamente duplicada frente a edição do ano passado.De acordo com a organização do 8º FISL, que terminou neste sábado (14/04) na capital gaúcha, foram 5.038 participantes, sendo 10,8% compostos por mulheres. “Acredito que no ano passado tenhamos registrado pelo menos a metade desse percentual de participantes mulheres”, aponta Sady Jacques, um dos organizadores do evento.De acordo com o executivo, o que motivou todos os participantes a estarem presentes - de ambos os sexos - foi inovação presente em torno dos debates sobre o software livre, que vêm crescendo gradualmente.Ao longo desses três dias foram intensos os debates sobre colaboração, inclusão digital, economia solidária e software público. Mas de forma geral, pode-se dizer que a 8ª edição do Fórum Internacional de Software Livre (FISL) teve boa parte de suas atividades centradas em discussões sobre como fomentar o desenvolvimento contínuo dos ecossistemas e estimular a participação do Brasil na esfera mundial do código aberto.Conforme destacou o guru do código aberto, Jon “Maddog” Hall, a integração entre governo e iniciativa privada faz com que o País esteja apto para atingir projeções internacionais, embora necessite divulgar com mais ênfase suas atividades locais sobre Linux.Para o almejado reconhecimento internacional, porém, alguns dos presentes defenderam inicialmente o desenvolvimento interno do modelo. A importância de se colocar o software livre na pauta do governo foi defendida pelo deputado Eudes Xavier (PT-CE), que ressalta ainda que hoje os debates intensos sobre software livre não decolam no governo em virtude, sobretudo, dos fortes lobbies, especialmente na Câmara. A criação de uma legislação específica, em sua avaliação, favoreceria a participação da tecnologia no conceito de economia solidária.Mas se por um lado as discussões ainda caminham a passos lentos na Câmara, por outro a iniciativa de software público aparece como uma alternativa à popularização do modelo aberto e a novas oportunidades de negócios para as companhias. Concentrados no recém-lançado Portal Brasileiro do Software Público estão iniciativas disponíveis gratuitamente para download desenvolvidas pela Dataprev, Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação e mesmo pela Universidade Católica de Brasília.De acordo com Sady Jacques, a edição deste ano foi marcada especialmente pelo grande volume de contatos feitos pelos participantes, tantos expositores, quanto visitantes ou mesmo empresas em busca de novos talentos para reforçar suas equipes.