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CNEN recebe visita da diretora de Governança e Indicadores de Ciência e Tecnologia do MCTI
A diretora do Departamento de Governança e Indicadores de Ciência e Tecnologia (DGIT/ MCTI), Mariana Nunes de Moura Souza, visitou a sede da Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN), o Instituto de Engenharia Nuclear (IEN) e o Instituto de Radioproteção e Dosimetria (IRD), nos dias 25 e 28 de agosto. Acompanharam a visita gestores das áreas técnicas das unidades técnico-científicas e representantes das três diretorias da CNEN.
O roteiro de visitas foi iniciado pela sede da Comissão, onde Mariana Souza foi recepcionada pelo chefe de gabinete, Rogério Mamão Gouveia, e por representantes da Diretoria de Pesquisa e Desenvolvimento, da Diretoria de Radioproteção e Segurança Nuclear e da Diretoria de Gestão Institucional. Na tarde do dia 25, Souza conheceu o IEN, onde foi recepcionada pelo diretor Fábio Staude e pelo diretor-substituto Christóvão Araripe Marinho e demais gestores do IEN. Visitou o reator de pesquisas Argonauta e o Laboratório de Nanorradiofármacos. O Argonauta é dedicado ao ensino, a pesquisas em física de reatores, física de nêutrons e também para obter radiotraçadores utilizados nas áreas ambiental e industrial. Já o laboratório de fármacos, trabalha para produzir materiais radioativos em escala nano, visando terapias com maior eficácia, como o tratamento de tumores.
Na apresentação do diretor do IEN, na Ilha do Fundão, Rio de Janeiro, foram apresentadas algumas pesquisas e projetos estratégicos, a participação do instituto no projeto do Reator Multipropósito Brasileiro, que vai significar a autonomia do país na produção de radiofármacos (elementos radioativos para tratamentos e diagnósticos); a formação especializada para o setor nuclear; Laboratório de Realidade Virtual; demais laboratórios e parcerias firmadas, entre outras atividades.
No IRD, localizado na Barra da Tijuca, Rio de Janeiro, a gestora do MCTI assistiu a uma breve apresentação sobre as atividades desempenhadas pelo instituto e, em seguida, conheceu o Laboratório de Monitoração in Vivo, da Divisão de Dosimetria, que permite monitorar trabalhadores ocupacionalmente expostos às radiações ionizantes; laboratórios da Divisão de Metrologia; a estação de monitoramento do CTBTO, que detecta a presença de radionuclídeos e gases nobres na atmosfera; a Divisão de Emergências Radiológicas e Nucleares. A diretora do IRD, Angélica Wasserman, abordou a atuação do instituto em proteção radiológica na saúde, indústria e meio ambiente; metrologia das radiações ionizantes; dosimetria das radiações. Também apresentou atividades de pesquisa e ensino, da pós-graduação níveis mestrado e doutorado, curso lato sensu em parceria com a Agência Internacional de Energia Atômica; atendimento a emergências nucleares e radiológicas; serviços tecnológicos especializados; participação em comitês nacionais e internacionais, como a Unscear; apoio às atividades regulatórias.
Para quem trabalha com dados e indicadores – ferramentas essenciais para a formulação de políticas públicas –, é importante conhecer as atividades e projetos que são a base dos resultados nacionais em ciência, tecnologia e inovação e os desafios que acompanham esse trabalho. Souza pretende visitar todas as vinculadas. Ela afirmou que o MCTI tem uma rede de pesquisa muito diversa, mas todas as instituições cumprem um mesmo papel, de contribuir para o desenvolvimento do país. “Quando pensamos o planejamento das ações do ministério, precisamos pensar o que as nossas instituições têm de melhor para oferecer à sociedade brasileira e como podemos apoiar o que as vinculadas fazem”, afirmou. Ao comentar sobre as áreas que conheceu nas unidades CNEN visitadas, ela destacou os múltiplos usos da energia nuclear e a importância da proteção radiológica.
Apenas os relatórios, de acordo com a gestora, são frios para mostrar o que é a ciência brasileira. Só o resultado da pesquisa publicado não indica tudo o que é feito e toda a dificuldade existente até se chegar aos resultados. “Para entender como apoiar melhor essas instituições e como esses resultados podem ser melhor aproveitados, considero imprescindível essas visitas, conversar com os pesquisadores”, concluiu.