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IRD sedia estação de monitoramento global capaz de detectar materiais radioativos na atmosfera
Uma estação sistema de monitoramento global que detecta e identifica partículas radioativas e gases nobres também radioativos liberados na atmosfera provenientes de explosões nucleares está em pleno funcionamento no IRD. Situada na Barra da Tijuca, zona oeste do Rio de Janeiro, a estação integra rede de dados ligada à ONU mantida pela Comissão Preparatória para a Organização do Tratado para a Proibição Total de Testes Nucleares, assinado em 1996, e envia regularmente dados via satélite para um centro internacional de dados, em Viena, Áustria. Este ano o Tratado completou 25 anos.
O sistema de monitoramento está dividido em quatro regiões: Américas; Europa e Eurásia; Ásia e Oceania; e Mediterrâneo e África. Cada região é apoiada por quatro laboratórios de radionuclídeos, que realizam análises de alta complexidade e de grande importância, totalizando 16 laboratórios internacionais, sendo que um desses está situado no IRD. Em 2003, a estação do IRD foi certificada. Os dados obtidos são utilizados também no Programa de Monitoração Radiológica Ambiental do instituto. A estação foi inteiramente montada com recursos do CTBTO (organização do Tratado), a um custo total superior a US$ 1,2 milhões. Os equipamentos, a instalação e a rede de satélite são custeados pela organização.
Logo após a assinatura do tratado começaram a operar as primeiras estações e ainda hoje elas estão sendo construídas e agregadas à rede. Os equipamentos que permitem monitorar radionuclídeos (materiais radioativos) no Brasil foram fabricados parte nos Estados Unidos (partículas radioativas) e parte na Suécia (gases nobres) e o dispositivo que realiza a medição de gases nobres veio da Suécia. Ao longo dos anos, algumas melhorias foram incorporadas, como o envio da informação que era feita pela internet e passou a ser realizada via satélite também, além da modernização do hardware e software de transmissão.
Em agosto deste ano foi lançado um mapa interativo com a distribuição de todas as estações em funcionamento no planeta. Quando concluído, o sistema global vai englobar 337 instalações em todo o mundo. Aproximadamente 90% das instalações já estão funcionando, usando quatro tecnologias de ponta: sísmica, hidroacústica, infrassom e radionuclídeo.
Para visualizar o novo mapa, no site CTBTO, acesse aqui.