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Palestras sobre saúde feminina e uso da radiação ionizante
Participantes do evento comemorativo pelo Dia Internacional da Mulher no IRD - Foto: Heloisa Barra/Ascom IRD
O IRD realizou, em 12 de março, um evento em comemoração ao Dia Internacional da Mulher, com palestras sobre prevenção, diagnóstico e tratamento das doenças de mama e de câncer ginecológico e de tireoide, além de aspectos relacionados à proteção radiológica, dosimetria, metrologia e controle de qualidade dos procedimentos e equipamentos. A ideia foi trazer informações sobre cuidados em relação à saúde, com destaque para os avanços obtidos pelas tecnologias que empregam a radiação ionizante. No Brasil, um dos principais desafios das mulheres é ter assegurado seu direito à saúde.
Durante a abertura da série de conferências, abertas ao público em geral, o diretor do IRD ressaltou a importância das mulheres na sociedade, com destaque para a presença feminina em cargos diretivos e de chefia no instituto, desde a sua fundação. Lembrou, ainda sobre a contribuição do instituto na promoção de um dos principais direitos das mulheres e dos cidadãos em geral, a saúde, ao fomentar as melhores técnicas, práticas e procedimentos, por meio das pesquisas. O IRD atua nas áreas de radioproteção, metrologia e dosimetria das radiações ionizantes.
A professora adjunta da Universidade Federal do Rio de Janeiro e responsável pela Seção de Endocrinologia Oncológica do Instituto Nacional de Câncer/INCA Rossana Corbo Ramalho de Mello afirmou que nos últimos 30 anos a incidência de câncer de tireoide aumentou. Como fatores de risco, estão a ingestão de iodo e a exposição à radiação ionizante. Pacientes com Linfoma de Hodking (câncer que se inicia nos gânglios ou linfonodos do sistema linfático) têm maior chance de desenvolver esse tipo de câncer, como impacto do tratamento com radiação a que são submetidos. Fatores ambientais também são importantes e tem sido muito estudados, ressaltou a especialista. Produtos industrializados, materiais de limpeza, corantes, solventes e conservantes atuam como disruptores endócrinos, podendo levar ao câncer endócrino.
Ao abordar sobre câncer do sistema ginecológico, Rachele Grazziotin Reisner , coordenadora da Residência Médica em Radioterapia do INCA,destacou que além da realização dos exames de rotina preventivos, é importante evitar fatores de risco e estar atento ao histórico do paciente. A falta de manifestação de sintomas, para ovário, colo uterino e vulva faz com que a doença seja descoberta em estágio mais avançado. Há rastreio específico para pacientes de alto risco. Ela destacou a importância dos exercícios físicos e do controle de peso. “A obesidade virou uma epidemia, e é o novo tabagismo”, frisa.
O tumor de mama é o de maior prevalência no país. Em 2018 foram 59,7 mil novos casos, de acordo com o Ministério da Saúde, o que equivale a 30% dos tipos de câncer em mulheres. Salete de Jesus Fonseca Rêgo, professora adjunta do Departamento de Radiologia da Universidade Federal Fluminense e coordenadora do Setor de Diagnóstico Mamário do Hospital Universitário Antonio Pedro, da UFF, afirmou sobre a atenção pública com relação ao câncer de mama.
Maria Manuela de Andrade e Silva Ramos, especialista de produto de imagem molecular e tomografia na GE Healthcare, mostrou como as ferramentas de otimização em equipamentos de tomografia computadorizada têm merecido atenção e como podem ser uma importante aliada na melhoria da saúde dos pacientes. Ela mostrou como o tema é tratado como prioridade na empresa em que trabalha.
Texto: Lilian Bueno/ Ascom IRD