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Formatura dos alunos de especialização em proteção radiológica e segurança de fontes radioativas
A cerimônia contou com a presença da vice-diretora do IRD, que destacou a formação de alto nível, marcada pelo reconhecimento e parceria da AIEA - Foto: Heloisa Barra
A cerimônia de formatura dos alunos do curso de especialização em Proteção Radiológica e Segurança de Fontes Radioativas foi realizada na última segunda, 30 de setembro, reunindo professores, alunos, familiares e amigos na sede do IRD, no Rio de Janeiro. A vice-diretora do IRD Ana Cristina de Melo Ferreira destacou a intensidade do conteúdo do curso e a responsabilidade do grupo na disseminação do conhecimento na área. Destacou que o curso tem a chancela da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), “referência mundial na área nuclear que reconheceu no IRD a capacidade técnica para multiplicar os conceitos internacionais da proteção radiológica”. Afirmou ainda que as portas do instituto estão abertas para trabalhos conjuntos, parcerias, pesquisas e para continuar recebendo os profissionais em novos cursos.
No discurso, o orador da turma, Paulo Rogério Gonçalves Escarani, destacou o alto nível técnico do curso, os professores de destaque, “entre os melhores profissionais do país e a oportunidade de convívio por seis meses de formação em um centro de excelência no país. “Aumentamos terabequerel de conhecimento e gigasievert de saber; nos tornamos fontes emissoras de conhecimento em radioproteção”, afirmou, trazendo um discurso leve e bem humorado envolvendo medidas e conceitos da área de radioproteção.O coordenador do curso, Fernando Razuk, lembrou que o IRD representa um centro regional de treinamento para países de língua portuguesa nesta área de proteção radiológica e segurança de fontes, para a AIEA, e já formou mais de 120 participantes desde 2011, primeiro ano em que o curso foi oferecido. O organismo internacional anualmente apoia a vinda de alunos de países africanos de língua portuguesa. Este ano, foram quatro participantes selecionados, dois de Angola e dois de Moçambique.
Alguns dos formandos pretendem se candidatar ao programa de pós-graduação stricto sensu em Radioproteção e Dosimetria no IRD. Os participantes do continente africano destacaram o desenvolvimento e o impulso nessa área, que ainda está em desenvolvimento, com oportunidades de melhorias para programas nacionais e a atuação em universidades e organizações da área radiológica ou nuclear. Todos os alunos buscaram aperfeiçoar sua formação teórica e prática sobre recomendações e normas internacionais de proteção radiológica e suas implementações.
Rute Kikani é estagiária na Autoridade Reguladora de Energia Atômica de Angola, e manifestou gratidão ao IRD, à Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN) e à AIEA, que patrocinou a vinda dela e dos outros três participantes estrangeiros. Nuro Cadre e Clérides Mateus Mavie trabalham com radioproteção na Universidade Eduardo Mondlane, em Moçambique, e destacaram a importância de compartilhar o conhecimento adquirido no IRD. Já Milton Quissaca Daniel, de Angola, trabalha com fiscalização de instalações, no organismo regulador, e acredita que adquiriu uma sólida base teórica e agregou novos conhecimentos de inúmeras áreas da aplicação da tecnologia nuclear.
O paraninfo da turma, representando os professores, Francisco César da Silva, destacou que o treinamento requer muita dedicação e todos cumpriram com louvor o ano letivo, e que de agora em diante é importante colocar em prática o que foi aprendido e perceber o quanto essa formação agrega aos participantes, em um centro de formação altamente especializado, com profissionais de grande conhecimento técnico.
Ao final de cada módulo, os alunos passam por avaliações e apresentam um trabalho de conclusão do curso, submetido a uma banca examinadora. O mês de setembro foi intenso em apresentações desses trabalhos, que versaram sobre metrologia, dosimetria, emergência, cultura de segurança, entre outros temas.
Texto: Lilian Bueno