Histórico
Foto: Marcelo Vallim
Metrologia de raios-X, gama, elétrons e partículas carregadas
HISTÓRICO DE CRIAÇÃO DO LNMRI
No início da década de 1970, o IRD já possuía laboratórios que desenvolviam atividades na área de metrologia das radiações ionizantes por meio de seus laboratórios de metrologia de nêutrons, de metrologia de radionuclídeos e de metrologia de raios X e gama. Estes laboratórios iriam posteriormente compor o Laboratório Nacional de Metrologia das Radiações Ionizantes, LNMRI.
Em 1976, o IRD passou a integrar a rede dos Laboratórios de Dosimetria Padrão Secundário, (Secondary Standard Dosimetry Laboratory - SSDL), da Agência Internacional de Energia Atômica, AIEA para a garantia da qualidade das medições efetuadas em radioterapia no mundo todo.
Com o desenvolvimento dos trabalhos de pesquisa e formação acadêmica, em 1986, um pesquisador do LNMRI passou a integrar o Comitê Internacional de Metrologia de Radionuclídeos (ICRM) e o laboratório inicia suas primeiras participações em comparações-chaves organizadas pelo BIPM, utilizando um método primário de calibração da grandeza Atividade.
Em 1989, o INMETRO reconhecendo a relevância dos trabalhos desenvolvidos nos laboratórios de metrologia do IRD, designou por meio de convênio, o LNMRI a responsabilidade de laboratório nacional na área de Radiações Ionizantes.
Com a crescente demanda por calibrações para a radioproteção, o IRD submeteu em 1991, um projeto de pesquisa à Agência Internacional de Energia Atômica para implantar a rede de calibração em radioproteção para garantir a rastreabilidade das medições no Brasil.
Em 1996, o BIPM doou ao Brasil a esfera de aço utilizada no método do banho de sulfato de manganês, utilizado na padronização primária de fontes de nêutrons. Este método é utilizado em pesquisa e desenvolvimento e em comparações organizadas pelo BIPM.
Em 1998 o Ministério da Ciência e Tecnologia (MCT), aplicou o Programa de Apoio ao Desenvolvimento Científico e Tecnológico (PADCT III) no IRD. Este evento representou um salto de qualidade, tanto a nível tecnológico quanto científico, na metrologia das radiações ionizantes no país.
Em 1999, o presidente do INMETRO e o coordenador do LNMRI, juntamente com 38 países signatários da Convenção do Metro, assinaram o MRA. Atualmente, 45 países já aderiram ao acordo. O objetivo principal é estabelecer o grau de equivalência metrológica dos padrões mantidos pelos laboratórios nacionais de metrologia, para prover o mútuo reconhecimento dos certificados de calibração e fornecer uma base técnica segura para acordos científicos e tecnológicos amplos, bem como tratados relacionados ao comércio internacional. A base técnica para o reconhecimento dos certificados é a equivalência dos padrões nacionais estabelecida por meio das comparações-chaves organizadas pelo BIPM e pelas organizações regionais de metrologia.
Em 2003, o perfil de dois pesquisadores do LNMRI foi submetido ao BIPM para compor o seu Comitê Consultivo de Radiações Ionizantes, CCRI.
Hoje o Brasil possui representantes nas três seções do comitê consultivo.
Em 2004 foram implementados os requisitos da norma NBR ISO 17025 para laboratório de calibração e se submeteu à avaliação de pares para validar a implementação dos requisitos da norma. O sistema da qualidade foi em seguida avaliado em reunião do Sistema Interamericano de Metrologia, SIM, sendo considerado satisfatório.