Laboratório de Radiobiologia
Foto: Bianca Wendhausen
A exposição de células e tecidos às radiações ionizantes durante o processo de exposições médicas e ocupacionais resulta em diversas repostas biológicas. Estas respostas têm início a partir de alterações químicas e bioquímicas que ocorrem nas células bem como no microambiente em que ela se encontra inserida, tendo como resultado final a produção de alterações bioquímicas e genéticas temporárias e permanentes. Essas alterações podem produzir efeitos deletérios para a saúde humana.
O Laboratório de Radiobiologia realiza pesquisas sobre os efeitos biológicos da radiação, incluindo morte celular, quebras no DNA e alterações na sensibilidade e no processo de reparo celular. Estão em desenvolvimento programas em biologia óssea com pesquisa sobre efeitos decorrentes da incorporação de metais radioativos no tecido ósseo, biodosimetria realizada por dosimetria citogenética , efeitos biológicos da radiação na exposição terapêutica, além de pesquisas sobre novas técnicas.
Quando a radiação ionizante é utilizada para terapias contra o câncer, a inativação de células tumorais resultante das alterações promovidas pela exposição possui um grande valor e importância terapêutica. As alterações genéticas transientes encontradas em células circulantes no homem possuem uma importante aplicação para fins de estimativa de dose recebida por um indivíduo irradiado.
A exposição terapêutica contra o câncer também pode resultar em efeitos indesejáveis, como o aparecimento de cânceres secundários, patologias tissulares não relacionadas ao câncer e até mesmo o agravamento do câncer em tratamento. Nesse contexto, são realizadas investigações sobre as alterações fisiológicas celulares e tissulares decorrentes da exposição de células e tecidos às radiações ionizantes, principalmente no processo de terapia contra o câncer.