Sítio Roberto Burle Marx
Antiga residência e laboratório paisagístico do artista e paisagista Roberto Burle Marx, o SRBM ocupa uma área de 405 mil metros quadrados no bairro de Barra de Guaratiba, na zona oeste da cidade do Rio de Janeiro. A propriedade, doada ao governo federal pelo paisagista ainda em vida (em 1985), integra a estrutura administrativa do Iphan na qualidade de Unidade Especial.
O SRBM pode ser equiparado a um museu a céu aberto; reúne uma coleção botânica com cerca de 3.500 espécies de plantas tropicais e subtropicais cultivada em viveiros e jardins, um acervo museológico com mais de três mil itens e um acervo biblioteconômico, além de um conjunto arquitetônico com oito edificações, entre as quais a casa de Roberto Burle Marx, o salão de festas, a Capela de Santo Antônio da Bica, do século XVIII, e o Ateliê do artista. Jardins, paisagens e lagos compõem o espaço, que guarda belíssimos exemplares de espécies coletadas por Burle Marx em suas expedições pelo Brasil e no exterior. O acervo museológico contém um expressivo repertório da produção artística de Burle Marx, e inclui também suas coleções de cristais, de conchas e de arte - moderna, cuzquenha, pré-colombiana, sacra, popular brasileira -, além do mobiliário e objetos de uso cotidiano da casa.
É aberto à visitação pública, mediante agendamento prévio, e mantém uma série de eventos e atividades culturais durante todo o ano.
Endereço: Estrada Roberto Burle Marx, No. 2019 - Barra de Guaratiba - Rio de Janeiro/RJ
Telefone: +55 21 2410-1412
E-mail: Imprensa - comunicacao.srbm@gmail.com
Visitas - visitas.srbm@iphan.gov.br
Funcionamento do Sítio - 7h às 16h
Atendimento externo por telefone - 8h às 16h
História
Em 1949, Roberto Burle Marx e seu irmão Guilherme Siegfried Marx adquiriram o imóvel, com a finalidade de abrigar a coleção botânica do paisagista, testar novas associações de plantas e cultivar mudas. A partir de então, a casa foi sucessivamente reformada e ampliada; foram construídos o Prédio da Administração, a Casa de Pedra, a Loggia, o Salão de Festas (conhecido como Cozinha de Pedra) e o Ateliê, e a Capela de Santo Antônio da Bica, do século XVIII, foi restaurada e mantida em uso para a comunidade, que ali realiza celebrações diversas e, anualmente, a Festa de Santo Antônio.
Burle Marx doou o Sítio ao governo federal a fim de assegurar sua preservação, a continuidade das pesquisas, a disseminação do conhecimento adquirido e o compartilhamento daquele espaço único com a sociedade. Após a morte do artista em 1994, o sítio passou a ser gerido pelo Iphan.
Patrimônio Cultural
O Sítio Roberto Burle Marx é tombado como Patrimônio Cultural nos níveis estadual e federal. Em julho de 2021, foi inscrito na Lista do Patrimônio Mundial da Unesco, tornando-se o 23º bem brasileiro a receber a chancela. O vídeo produzido por ocasião da conclusão da campanha de candidatura pode ser visto abaixo: