Exposição “Nóis morre, as coisa fica”: artes populares no Brasil celebra 40 anos da SAP
O Centro Nacional de Folclore e Cultura Popular(CNFCP / IPHAN) celebra os 40 anos do Programa Sala do Artista Popular(SAP) e, para comemorar, promove a exposição “Nóis morre, as coisa fica”: artes populares no Brasil, na Galeria Mestre Vitalino. A abertura foi no dia 04 de julho, às 17h, com as presenças da Ministra da Cultura Margareth Menezes, do Presidente do (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), Leandro Grass, e da presidenta da Fundação Nacional de Artes (Funarte), Maria Marighella.
O evento contou ainda com a participação de mestras e mestres contemplados pelo edital Funarte 2023, com presenças confirmadas de Andila Kaingáng (RS), Carlos Babau (CE), Carmézia Emiliano (RR), Duhigó (AM), Espedito Seleiro (CE), Yolanda Carvalho (PI) e Zé Diabo (BA). Além da honra de receber os artistas, a exposição foi marcada pela apresentação da roda de samba Moacyr Luz e Samba do Trabalhador.
Quatro décadas se passaram desde que a museóloga e curadora Lélia Coelho Frota idealizou a SAP. Ao longo desse período, houve muitas transformações dentro das chamadas artes populares no país e no mundo, e o programa fez parte desse processo. Contribuiu de forma significativa para o reconhecimento do protagonismo dos artistas, baseado em teorias da etnografia e da cultura, fundamentando a execução de uma política pública de Estado.
Propor a reflexão sobre o programa, sua existência e permanência, através da exposição sobre os seus 40 anos, é também refletir sobre o próprio campo da arte popular. A partir do acervo gerado pela SAP, com obras de indivíduos, coletivos, territórios, tempos e subjetividades, há o convite a conhecer e pensar sobre a história e as configurações contemporâneas das artes populares. São objetos, fotografias, sons e vídeos que documentam os processos de transformação desse campo. Um mergulho no caleidoscópio multifacetado das artes populares, que levam à transcendência de objetos e saberes. Como sugeriu o escultor José Julião: “nóis morre, as coisa fica”.
Programação
17h - Abertura da exposição “Nóis morre, as coisa fica”: artes populares no Brasil;
18h - Solenidade de abertura da exposição e celebração dos 40 anos do Programa SAP;
18h30 - Apresentação da Roda de samba Moacyr Luz e Samba do Trabalhador;
Programa SAP
Criado em 1983, com o objetivo de documentar, difundir e fomentar as artes populares e o artesanato de cunho tradicional brasileiros, o Programa SAP, do CNFCP/Iphan, é pioneiro em sua abordagem no país, valorizando a autoria, a subjetividade, os simbolismos, e o protagonismo dos autores de obras pouco (re)conhecidas.
Como programa institucional, compreende várias ações que têm como ponto de partida a anuência dos artífices envolvidos. A partir da qual, seguem as atividades: pesquisa e registros de campo; articulação com instituições e agentes locais; fomento pela via da comercialização justa; promoção do diálogo entre os próprios artesãos; e realização de exposições acompanhadas de catálogo, que já documentaram 207 edições até o momento.
Cada edição da SAP corresponde à mostra do trabalho de um indivíduo ou comunidade que produz objetos singulares, portadores de suas histórias e, não raro, de gerações que os antecederam. Espelho de suas experiências, suas relações com o lugar e suas formas de ver e materializar o mundo.
Do ponto de vista econômico, a SAP possibilita a comercialização das obras enviadas pelos artistas, abrindo um canal de venda sem intermediários. O programa conta com um espaço de comercialização permanente, voltado exclusivamente para aqueles que participaram da SAP.
Parcerias
Para a realização da exposição “Nóis morre, as coisa fica”: artes populares no Brasil, o CNFCP/ IPHAN conta com a parceria da Associação Cultural de Amigos do Museu de Folclore Edison Carneiro (Acamufec), da Fundação Nacional de Artes (Funarte) e do Ministério da Cultura.
Serviço:
Exposição “Nóis morre, as coisa fica”: artes populares no Brasil
Catálogo da Exposição “Nóis morre, as coisa fica”: artes populares no Brasil
Local: Galeria Mestre Vitalino
Museu de Folclore Edison Carneiro
Centro Nacional de Folclore e Cultura Popular
Rua do Catete, 179 – Catete
Dias e horários de visitação: Terça a sexta-feira, das 10h às 18h
Sábados, domingos e feriados, das 11h às 17h
Informações: atendimento.cnfcp@iphan.gov.br