Ficha Técnica - Vassouras entra na Roda: a trajetória do Caxambu entre 1847 e 1888, 2015
DISSERTAÇÃO - FICHA TÉCNICA |
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Autor: |
Iran Souza da Conceição |
Unidade de desenvolvimento das práticas profissionais: |
Escritório Técnico na Região do Médio Vale do Paraíba |
Orientador: |
Maria Tarcila Ferreira Guedes |
Coorientador: |
Isabel Rocha |
Supervisores das práticas profissionais na unidade: |
Isabel Rocha |
Banca examinadora: |
Maria Tarcila Ferreira Guedes (presidente) Isabel Rocha (supervisora e coorientadora) Claudia Feierabend Baeta Leal – PEP/MP/IPHAN Flávia Lages de Castro – UFF |
Título da Dissertação em português: |
Vassouras entra na Roda: a trajetória do Caxambu entre 1847 e 1888 |
Data da defesa: |
16 de dezembro de 2015 |
Resumo: Para os autores do Dossiê O Jongo do Sudeste, essa forma de expressão afro-brasileira, que se caracterizava pela percussão de tambores, dança coletiva e prática de magia, foi marginalizada ao longo do século XIX, nas regiões de lavoura do café da região Sudeste, junto ao Rio Paraíba do Sul. O presente trabalho investigou a existência do Jongo enquanto prática na realidade de Vassouras, no mesmo período. Tendo como baliza os anos de 1847 – quando da publicação de um Manual sobre a instalação de uma fazenda de café, momento de mudanças nas relações entre os senhores e escravos da localidade –, e a abolição da escravatura em 1888 – período em que a pesquisa debateu o processo de marginalização do Caxambu em Vassouras. Uma série de imposições homologadas através de Posturas Municipais e Jurídicas tentou conter a onda revolucionária negra, demonstrando que as festas eram motivo de apreensão dos brancos pela facilidade que as mesmas proporcionavam à reunião de grande número de escravos e homens livres em torno dos tambores. Os fazendeiros vassourenses, ao contrário do que se esperaria, fizeram uma série de concessões à prática no período citado, sendo as festas incluídas como parte integrante do cenário local. Indo de encontro à dimensão marginal, o Caxambu se manteve e os negros se reuniam, ainda em torno da Irmandade de Nossa Senhora do Rosário no Bairro do Alto do Rio Bonito, a qual teve importante papel sobre a manutenção e sobrevivência da prática no local. |
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Palavras-chave: Jongo, Caxambu, Escravidão, Patrimônio Imaterial, Vassouras, século XIX |
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Título da Dissertação em inglês |
Vassouras gets in the roda: the path of Caxambu between 1847 and 1888 |
Abstract: According to the authors of the Jongo do Sudeste registration dossier, this Afro-Brazilian cultural practice, characterized by a performance of drums, collective dance and magic, was marginalized through the 19th century in the coffee plantation areas along the Paraíba do Sul Valley. This thesis discusses if Caxambu was marginalized in Vassouras in the period between 1847 and 1888, as assumed in the registration documents of this cultural practice as cultural heritage by the IPHAN. In spite of all legal measures taken by local and national authorities regarding the possibility of a black insurrection, the white community was still afraid of it and the practice of Caxambu enabled its fears. Caxambu allowed a large number of slaves and freed-men to get together and celebrate, and that is why some of the white elites sought its interdiction. This research, however, revealed a number of concessions to the practice of Caxambu during the mentioned period, showing that it was part of Vassouras' public cultural life. The foundation of the Brotherhood of Our Lady of the Rosary in the Alto do Rio Bonito is intimately linked to the practice of Caxambu, and may be responsible for its survival in Vassouras. This image contradicts the assumption that Caxambu was a marginal practice. |
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Keywords: Jongo, Caxambu, Slavery, Intangible Heritage, Vassouras and nineteenth century |
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Como citar: CONCEIÇÃO, Iran Souza da. Vassouras entra na Roda: a trajetória do Caxambu entre 1847 e 1888. 2015. 123 f. Dissertação (Mestrado em Preservação do Patrimônio Cultural) - IPHAN, Rio de Janeiro, 2015. |