Patrimônio Material
Em Tocantins, a Superintendência do Iphan atua na proteção do patrimônio tombado em Natividade e Porto Nacional, formado por casario e igrejas datadas do século XVIII. Neste período, os bandeirantes paulistas avançaram em direção ao Brasil Central em busca das jazidas de ouro e essas cidades estão fortemente ligadas à mineração.
Natividade - Surgiu com a expansão da mineração para o Centro-Oeste, um dos primeiros arraiais da Capitania de Goiás, na região que é, atualmente, o Estado de Tocantins. A estrutura urbana do conjunto histórico e paisagístico de Natividade, patrimônio nacional tombado em 1987, é em estilo colonial implantada no sopé da serra, com casario sem grandiosidade, integrado aos edifícios religiosos, mas deles diferenciado. As transformações econômicas impostas pela passagem do ciclo da mineração para o da pecuária estão representadas pela agregação de cômodos às edificações e ornamentos nas fachadas. A produção do patrimônio imaterial de Natividade abrange danças, a música, os ritos religiosos, a culinária e a produção de joias em filigrana, tradição portuguesa introduzida à época da mineração.
Porto Nacional - Tombado em 2008, o centro histórico de Porto Nacional reúne edificações religiosas e vernaculares tipícas dos séculos XVIII e XIX, nas zonas de mineração da região central do país. A Catedral Nossa Senhora das Mercês, construída entre 1894 e 1904, traz o estilo românico de Toulouse, cidade da França marcada pela origem da Ordem dos Dominicanos, os freis responsáveis pela construção. A maioria das imagens sacras foi trazida da França e de Belém do Pará. Dentre outros bens tombados, estão o Seminário São José, antigo Convento Santa Rosa de Lima, a sede dos Dominicanos e o Colégio Sagrado Coração de Jesus.