Patrimônio Arqueológico
O patrimônio arqueológico do estado possui grande potencial, tendo inúmeros sítios arqueológicos cadastrados pelo Iphan. Dentre eles constam a presença des sítios líticos a céu aberto encontrados nas regiões mais afastadas do rio Tocantins. Nas barrancas do leito do rio foram localizadas gravuras rupestres e material lítico lascado, enquanto nas praias e ilhas estão oficinas líticas, sítios cerâmicos a céu aberto, e sítios com arte rupestre nas regiões de elevações calcárias.
Destacam-se, dentre o patrimônio arqueológico tocantinense, os sítios da região do Jalapão, no leste do estado, e da região de Lajeado, onde existem significativos sítios rupestres. As ocupações humanas naquelas áreas recuam até 12.000 anos antes do presente e formaram sítios arqueológicos durante o período pré-colonial, até o contato com os colonizadores europeus. Também podem ser encontradas estruturas relacionadas à arqueologia do período histórico, significativas da ocupação dessa área de contato da Floresta Amazônica com aquelas do Brasil Central, o bioma Cerrado.
Com a expansão das obras de infraestrutura nos estados amazônicos, o Tocantins experimenta um aumento significativo nas pesquisas arqueológicas realizadas no âmbito do licenciamento ambiental, o que tem possibilitado a coleta de dados sobre áreas antes desconhecidas arqueologicamente. Neste contexto, a atividade arqueológica é desenvolvida por empresas que atuam no salvamento do patrimônio em áreas impactadas por empreendimentos econômicos. Duas ações são consideradas prioritárias: a sistematização e socialização do conhecimento sobre os bens encontrados e a integração entre os licenciamentos arqueológicos e os ambientais.