Superintendência do Iphan em Santa Catarina
A ação do Iphan em Santa Catarina teve seu início em 1938, um ano após a criação do Iphan. Até 1989, Santa Catarina esteve subordinada administrativamente à 10ª Diretoria Regional, com sede em Porto Alegre (RS). Nesse mesmo ano, o Instituto instalou a 12ª Diretoria Regional no Estado que, em 1990, recebeu a denominação de 11ª Coordenação Regional. Em 2009, a Coordenação foi transformada na Superintendência do Iphan em Santa Catarina, a qual estão ligados três escritórios técnicos localizados nos municípios de Laguna, São Francisco do Sul e Pomerode.
A cultura catarinense é repleta de influências trazidas pelos imigrantes que se instalaram em diferentes regiões do Estado, a partir do século XIX. Em decorrência da imigração, é grande diversidade da arquitetura nos bens tombados pelo Iphan, como a estrutura enxaimel (madeira e tijolos aparentes) trazida pelos alemães que se instalaram na região, além da herança da colonização italiana, açoriana, polonesa, ucraniana e austríaca, entre outras. Para mais informações sobre esse tema sugerimos as publicações: Roteiros Nacionais da Imigração e O Patrimônio Cultural da Imigração em Santa Catarina.
A Procissão do Senhor dos Passos, em Florianópolis/SC, é registrada como Patrimônio Cultural do Brasil. “A Pesca artesanal com o auxílio de botos” e “Os saberes e práticas tradicionais associadas aos Engenhos de Farinha de Santa Catarina” já tiveram a pertinência aprovada e estão em processo visando registro como Patrimônio Cultural do Brasil.
A Roda de Capoeira e o Ofício dos Mestres de Capoeira são bens registrados em âmbito nacional e em Santa Catarina a salvaguarda é articulada e realizada em parceria com o Colegiado de Mestres de Capoeira de Santa Catarina, desde 2016.
A Superintendência desenvolve ações de proteção dos conjuntos urbanos protegidos em Itaiópolis, Laguna e São Francisco do Sul, e em vários municípios onde o tombamento federal abrange, isoladamente, edificações urbanas e rurais, igrejas e outros imóveis.
Ações de educação patrimonial são realizadas em parceria com diversas instituições de forma continuada ou pontual no âmbito da Rede Educação Patrimonial Catarina. Em 2020 a rede elaborou publicações que você pode conhecer aqui. A partir dessa articulação em rede o Iphan Santa Catarina também elaborou livretos: “Conservação preventiva de imóveis antigos em núcleos históricos”, “Educação Patrimonial no centro histórico de Laguna” e “Conservação preventiva de imóveis antigos na região de imigração”.
A Ilha do Campeche e outros locais com sambaquis, sítios líticos e cerâmicos formam um dos mais importantes patrimônios arqueológicos da Região Sul. Para conhecer um pouco mais sobre o patrimônio arqueológico da região sul sugerimos a publicação A Trajetória Arqueológica de Pe. João Alfredo Rohr em Santa Catarina.
São realizadas ações no campo da Diversidade Linguística (INDL), tais como, Talian e Língua Brasileira de Sinais.
Na área do patrimônio naval as ações da superintendência também se destacam, em especial na criação do Museu Nacional do Mar, no Portal Barcos do Brasil, realização de exposições e seminários sobre a temática e na publicação A Coleção Barcos do Brasil.
Destacam-se ainda cinco fortificações que compunham o antigo Sistema Defensivo da Ilha de Santa Catarina, dentre as quais as Fortalezas de Santa Cruz de Anhatomirim e São Antônio de Ratones, que integram o conjunto de fortificações do Brasil candidatas ao título de Patrimônio Mundial pela Unesco.
Em 2022, após a restauração da Antiga Alfândega, a Superintendência do Iphan Santa Catarina voltou a ter sua sede no centro histórico de Florianópolis.