Patrimônio Ferroviário
A construção da Estrada de Ferro Madeira-Mamoré (EFMM), entre 1907 e 1912, tornou-se uma referência de um novo ciclo de integração territorial, para a consolidação de fronteiras e inserção da Região Norte nas estratégias de desenvolvimento econômico do Brasil. No início do século XX, o país negociava com a Bolívia a incorporação territorial do Acre, e o governo boliviano concordou e aprovou a construção de uma via de acesso ao Oceano Atlântico para escoar a produção de borracha da Amazônia.
A cidade de Porto Velho, atual capital do Estado de Rondônia, surgiu para atender à construção da Madeira-Mamoré que, com seus 366 km, ligaria Porto Velho a Guajará-Mirim, na fronteira com a Bolívia. Os relatos e registros sobre sua construção sempre foram dramáticos e assumem ares de epopeia, dado o esforço para subjugar a Floresta Amazônica e a população indígena, além das incontáveis mortes de trabalhadores envolvidos na execução da obra.
A Madeira-Mamoré foi desligada da extinta Rede Ferroviária Federal S.A. (RFFSA), na década de 1960, e um decreto de julho de 1972 extinguiu as atividades da linha. No início da década de 1980, a partir das ações do Iphan com a comunidade local propostas em seminários, a EFMM ressurgiu como um elemento importante na história do Estado.
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