Patrimônio Imaterial
Produção Tradiconal e Práticas Socioculturais Associadas à Cajuína no Piauí foram reconhecidas como patrimônio cultural imaterial em 2014. O processo de preparação cajuína está imerso nos rituais de hospitalidade das famílias no Piauí, ao mesmo tempo em que reforça a rede familiar que a produz. Mesmo sendo uma bebida, assume o simbolismo de alimento e está inscrita na mesma tradição dos doces, bolos, biscoitos e outros saberes cultivados para abastecimento do lar no Nordeste. A cajuína é uma bebida não alcoólica, feita a partir do suco do caju separado do tanino, por meio da adição de um agente precipitador (originalmente, a resina do cajueiro, durante muitas décadas a cola de madeira ou de sapateiro e, atualmente, a gelatina em pó), coado várias vezes em redes ou funis de pano.
A separação do tanino do suco recebe o nome de clarificação, e o suco clarificado é então cozido em banho-maria em garrafas de vidro até que seus açúcares sejam caramelizados, permitindo que possa ser armazenada por períodos de até dois anos. O modo tradicional de produção da cajuína foi desenvolvido ao longo do tempo e, ainda que seja semelhante nos diversos núcleos produtores espalhados por todo o Estado, cada núcleo realizou melhorias e aperfeiçoou técnicas específicas que podem produzir determinadas diferenças no seu produto final, distinguindo o sabor da sua bebida da dos demais produtores.
Inventário Nacional de Referências Culturais (INRC) - O Iphan concluiu inventários sobre o Patrimônio Imaterial Piauiense, o Patrimônio Imaterial do Parque Nacional Serra da Capivara, as Comunidades Quilombolas (realizado em 17 municípios), a Arte Santeira (em seis municípios), e o Tambor de Crioula do Piauí.