Patrimônio Material
Os primeiros tombamentos realizados pelo Iphan, em Belém, no Estado do Pará, datam de 1940, com a Coleção Arqueológica e Etnográfica do Museu Paraense Emílio Goeldi. Em 1941, foram tombadas as igrejas da Sé, de Santo Alexandre, e de São João Batista, além do o Colégio Jesuítico. Em 1977, foi tombado o conjunto arquitetônico e paisagístico Ver o Peso e áreas adjacentes: Praça Pedro I e Boulevard Castilhos França, inclusive o Mercado de Carne e o Mercado Bolonha de Peixe.
Belém - No centro histórico de Belém estão 2.800 edificações protegidas que pertencem aos bairros da Cidade Velha e da Campina. Nesse conjunto arquitetônico, urbanístico e paisagístico - tombado em 2012 - há sobrados conjugados com casas comerciais no térreo, palacetes e palácios. As edificações religiosas, militares e os palácios ocupados por instituições públicas encontram-se relativamente conservados. Em 2014, o Conselho Consultivo do Iphan aprovou o tombamento do conjunto de fortificações Forte da Vila de Óbidos, Forte da Serra da Escama e Quartel General Gurjão, localizados na cidade de Óbidos.
Mercado Ver o Peso - A Casa do Ver o Peso foi construída em Belém, no ano de 1625. No local, a fiscalização conferia o peso exato das mercadorias e cobrava os impostos para a Coroa Portuguesa. Atualmente, o famoso Mercado do Ver o Peso é um complexo arquitetônico e paisagístico que compreende uma área de 35 mil metros quadrados, com inúmeras construções históricas como o Mercado de Ferro, o Mercado de Carne, a Praça do Relógio, a Doca, Feira do Açaí, a Ladeira do Castelo e o Solar da Beira. A construção do Mercado Francisco Bolonha ocorreu em 1867 e mais de um século depois, o Mercado pode ser visto novamente com o brilho e a beleza que marcou o trabalho do engenheiro Francisco Bolonha que, em 1905, garantiu ao imóvel melhores condições de higiene e comodidade. O Iphan, por meio do Programa Monumenta, restaurou todo o prédio e o entregou à comunidade, em 2010.
Igreja de Santana - Uma das mais frequentadas de Belém, foi construída no século XVIII (entre 1762 e 1782), a partir do projeto do arquiteto italiano Antônio José Landi. O interior da igreja tem a forma de uma cruz grega e na fachada está o grande frontão em forma de arco, conforme o projeto original. O Iphan, com o apoio da Prefeitura Municipal de Belém, desenvolveu o projeto de restauração que ocorreu entre 2003 e 2009, dividido em duas etapas para realizar as obras nos telhados, cúpula e zimbório, fachadas frontal e lateral direita, restauração da capela-mor e do coro, implantação de projeto elétrico e de iluminação na capela-mor, entre outras.