Superintendência do Iphan no Mato Grosso
A atuação do Iphan em Mato Grosso remonta a década de 1970. Em 1977, foi chancelada como 7ª Diretoria Regional, e até então representava o Iphan não-oficialmente na região Centro-Oeste. Em 1979, passou a 8ª Diretoria Regional. Depois, integrou a 14ª Coordenação Regional, e 2009 com a última reformulação do Iphan, transformou-se em Superintendência. A sede, em Cuiabá, ocupa um imóvel de arquitetura tradicional, localizado no centro histórico, e funciona como espaço cultural, utilizado para exposições e eventos. Recebe estudantes que vêm conhecer a casa e sua arquitetura e também pesquisar sobre o patrimônio cultural.
Em Cuiabá, Chapada dos Guimarães, Vila Bela da Santíssima Trindade e Cáceres, estão sob a responsabilidade da Superintendência os bens tombados que formam conjuntos urbanos dessas cidades com seus patrimônios arquitetônico, urbanístico e paisagístico, as igrejas, palácios e casarões ocupados, atualmente, por instituições públicas. No Estado, localiza-se o Sítio Arqueológico Santa Elina, na Serra das Araras, considerado o segundo mais antigo do Brasil e local do achado da ossada de uma preguiça gigante, extinta há 10 mil anos, além das Áreas Sagradas do Alto Xingu Kamukuaká e Sagihengu, cujos sítios são associados aos rituais dos índios Waurá e Kalapalo, inclusive o Kuarup. Mato Grosso divide com Mato Grosso do Sul o Complexo de Áreas Protegidas do Pantanal, Patrimônio Natural Mundial, assim como o bem imaterial Modo de Fazer a Viola de Cocho. Saberes dos povos indígenas Enawene Nawe e Karajá estão registrados e demandam ações de salvaguarda realizadas pela Superintendência, que também coordena inventários de referências culturais.