Patrimônio Mundial
Em dezembro de 2001 a Unesco reconheceu a cidade de Goiás, antiga Vila Boa, como Patrimônio Cultural Mundial. Na década de 1950, o Iphan tombou alguns dos monumentos e prédios isoladamente e o conjunto arquitetônico, paisagístico e urbanístico do município, que resultou da riqueza gerada pela extração do ouro. Primeiro núcleo urbano fundado em território goiano, oficialmente reconhecido ao oeste da linha de demarcação do Tratado de Tordesilhas, definiu, originalmente, as fronteiras da Colônia Portuguesa.
A “autoconquista” do interior do Brasil significou o surgimento de cerca de 500 vilas, arraiais e povoados, edificados em terra (adobe, taipa de pilão, pau-a-pique). Entretanto, essa técnica vernacular bandeirista desapareceu quase completa-mente dessas regiões, salvo alguns remanescentes. Goiás, a primeira capital do Estado, conserva mais de 90% da arquitetura colonial original e se mantém como um magnífico mostruário do Brasil oitocentista e um dos patrimônios arquitetônicos e culturais mais ricos do País.
Na cidade está o Museu das Bandeiras, que ocupa o prédio construído no ano de 1766 e onde funcionou a prisão local, até 1950, quando houve sua doação pelo governo do Estado à União. O nome é uma homenagem aos inúmeros bandeirantes que passaram por ali. O acervo reúne peças de mobiliário colonial goiano, equipamentos domésticos, prataria, imaginária, indumentária militar, além de uma importante documentação sobre a administração da capitania e da província, nos períodos colonial, imperial e republicano.