Patrimônio Imaterial
Os bens culturais de natureza imaterial dizem respeito àquelas práticas e domínios da vida social que se manifestam em saberes, ofícios e modos de fazer, celebrações, formas de expressão cênicas, plásticas, musicais ou lúdicas; e nos lugares (como mercados, feiras e santuários que abrigam práticas culturais coletivas). São referências culturais fundadas na tradição e manifestada por indivíduos ou grupos de indivíduos como expressão de sua identidade cultural e social.
A Superintendência do Iphan, no Espírito Santo, foi pioneira ao colocar em prática as orientações para registro de bens de natureza imaterial. Em 2002, oocrreu o reconhecimento do primeiro bem registrado no Brasil, o modo de fazer panelas de barro em Goiabeiras, inscrito no Livro de Saberes. O saber envolvido na fabricação artesanal de panelas de barro é uma forma peculiar e tradicionalmente herdada pelas paneleiras, dos seus antepassados.
Outro bem imaterial, o Jongo no Sudeste - inscrito no Livro de Formas de Expressão, em 2005 - é uma manifestação cultural afro-brasileira que integra percussão de tambores, cantigas e dança coletiva. É praticado nos quintais das periferias urbanas e em algumas comunidades rurais dos estados do Sudeste brasileiro: Espírito Santo, Rio de Janeiro, São Paulo e Minas Gerais. Em 2008, a Roda de Capoeira e o Ofício dos Mestres de Capoeira foram reconhecidos como prática cultural em todo o território brasileiro, inscritos, respectivamente nos livros de Saberes e Formas de Expressão.
Bens Registrados
- Ofício das Paneleiras de Goiabeiras
- O Jongo no Sudeste
- Roda de Capoeira
- Ofício dos Mestres de Capoeira
Inventário Nacional de Referências Culturais (INRC) - Além dos bens registrados como Patrimônio Cultural do Brasil, no Espírito Santo também há um INRC, o inventário das Comunidades Quilombolas do Norte do Espírito Santo. Mais quatro processos de inventários estão em andamento: INRC de Muqui e Mimoso do Sul, Mapeamento Documental do Espírito Santo, INRC das Comunidades Pomeranas e INRC das Bandas de Congo do Espírito Santo. A Superintendência desenvolve, em parceria com outros estados, o Projeto Regional de INRC dos Guarani Mbyá e o INRC das Matrizes do Forró, que estão em andamento.