Superintendência do Iphan na Bahia
A organização da salvaguarda do acervo baiano, prioridade do Estado iniciada nas primeiras décadas do século XX, foi intensificada após a criação do Serviço de Patrimônio Histórico Artístico e Nacional (Sphan), ao qual coube a tarefa de identificar, restaurar e preservar os bens culturais brasileiros. Em 1937, começou a funcionar o 2º Distrito do Sphan, com sede em Salvador, abrangendo os estados da Bahia e Sergipe. Em 1990, transformou-se na 7ª Coordenação Regional, atual Superintendência do Iphan no Estado da Bahia. A Superintendência funcionou no Museu dos Sete Candeeiros, até 1988, quando passou a ocupar a Casa Berquó, imóvel do século XVII, tombado individualmente e situado no centro histórico de Salvador.
Desde sua criação, a atuação do lphan na Bahia resultou na proteção legal de 174 bens de natureza material tombados individualmente e mais de nove mil imóveis tombados em conjunto. O centro histórico da cidade do Salvador e a Costa do Descobrimento foram reconhecidos pela Unesco como Patrimônio Mundial, além da inscrição do Samba de Roda do Recôncavo na Lista das Obras Primas do Patrimônio Oral e Imaterial da Humanidade. Além de Salvador, no Estado, existem mais nove conjuntos urbanos tombados pelo Iphan: Cachoeira, Vila de Igatu (município de Andaraí), Itaparica, Lençóis, Monte Santo, Mucugê, Porto seguro, Rio de Contas e São Félix.
Um exemplo da importância do patrimônio cultural baiano é o Conjunto da Igreja e o Claustro da Ordem Primeira de São Francisco de Salvador, eleito uma das sete maravilhas do Mundo Lusófono. Destaca-se, entre os sítios arqueológicos cadastrados pelo Iphan na Chapada da Diamantina, em algumas regiões da Bacia do Rio São Francisco, e na Costa do Descobrimento. Do total de bens registrados como Patrimônio Cultural Imaterial do Brasil, cinco deles encontram suas origens na Bahia: a Festa do Senhor do Bonfim, o Samba de Roda do Recôncavo Baiano, o Ofício das Baianas de Acarajé, a Roda de Capoeira e o Ofício dos Mestres de Capoeira.