Patrimônio Material
O Iphan e os governos estadual e municipal atuaram, em parceria, no processo de revitalização do centro antigo de Manaus, na última década. Destacam-se, nessa área, as obras iniciadas em 2010 no prédio do Tesouro Provincial e no Armazém 15, construções pertencentes ao Complexo do Porto Flutuante, destinado à implantação da Casa de Leitura Thiago de Mello com múltipla finalidade. A partir de uma biblioteca temática, para preservar e divulgar a obra do escritor e poeta amazonense, a Casa está idealizada como parte de uma mudança de conceitos para retomar a orientação original da cidade, voltada para o rio Negro, que foi, progressivamente, abandonada com o crescimento urbano.
No processo de preservação também foram incluídas obras de restauro no Reservatório do Mocó e os projetos do Programa Monumenta envolvendo o Paço Municipal e seu estacionamento, a reconstrução da Praça IX de Novembro, a restauração do coreto e do chafariz da Praça D. Pedro II, a restauração das casas nº 69 e nº 77 da Rua Bernardo Ramos, além do do Mercado Municipal Adolpho Lisboa, em parceria com a Prefeitura Municipal de Manaus.
A partir de 2000, o governo estadual iniciou uma fase de maior atuação com Programa Manaus Belle Époque, aliando preservação e turismo. As áreas históricas eleitas para as ações foram o entorno da Igreja Matriz Nossa Senhora da Conceição (2001), entorno do Teatro Amazonas e do Largo de São Sebastião (2003), antigo Palacete Provincial e Praça Heliodoro Balbi (2009), Parque Jefferson Péres (2009), Palácio Rio Branco (2010) e Casa de Eduardo Ribeiro (2010). A Prefeitura realizou obras de recuperação de logradouros públicos, como a Praça da Saudade (2010), além de publicar o Guia Prático: A Proteção e a Preservação do Patrimônio Histórico Edificado de Manaus.
A Superintendência tem investido na divulgação de ações de preservação, realizando ciclos de palestras nos municípios da região metropolitana de Manaus, onde o patrimônio edificado e arqueológico correm risco de degradação. Atua, também, junto aos governos estadual e municipal nas formas de redução dos impactos causados por obras de modernização no centro histórico como, por exemplo, as questões de acesso e mobilidade urbana e as ações propostas para o sistema de transportes (monotrilho e BRT).