Patrimônio Arqueológico
O patrimônio arqueológico do Amazonas caracteriza-se pela grande incidência de sítios, compondo um mapa patrimonial marcado pela grande densidade e variabilidade nos seus registros arqueológicos. Sabe-se que as ocupações amazônicas remontam a, aproximadamente, 8.000 anos antes do presente e que entre 3.000 e 2.000 anos atrás surgiram sítios que apresentam grandes extensões da chamada “terra preta de índio”, onde podem ser encontrados artefatos cerâmicos de rara beleza indicando que sociedades complexas estavam se desenvolvendo na região.
Uma outra importante contribuição das pesquisas arqueológicas se refere à análise da paisagem amazônica e de sua correlação com o manejo das espécies vegetais pelas populações pretéritas. Os resultados das investigações realizadas têm apontado para a queda do mito da floresta intocada e indicado que quanto mais se compreende a configuração da floresta tropical, mas fica claro que muito do que se observa é resultado da intensa ocupação humana da área por populações pré-coloniais.
Na primeira década do ano 2000, o Iphan desenvolveu o Projeto de Levantamento Arqueológico do Município de Manaus e o mapeamento e o georreferenciamento de 11 municípios do Baixo Amazonas. Investiu, também, em um banco de projetos e na socialização de sítios, como o Sítio Arqueológico Hatahara, no município de Iranduba. As parcerias locais e a atenção permanente da Superintendência têm permitido, ainda, o aumento do cadastramento de novos sítios arqueológicos e ações mitigadoras de impacto. Em Manaus, estão expostas no Museu da Cidade (Salão de Arqueologia) o resultado de escavações e urnas funerárias encontradas na cidade, além dos fragmentos arqueológicos encontrados no Paço da Liberdade e seu entorno.