Superintendência do Iphan no Amapá
Em 1979, o Iphan implantou a 1ª Diretoria Regional com jurisdição sobre os estados do Pará, Amazonas, Acre e Rondônia, e dos então territórios de Roraima e do Amapá. Em 2009, a Superintendência do Amapá foi criada e permaneceu instalada na Casa do Comandante, no interior da Fortaleza de São José de Macapá, onde funcionou, até o início de 2015. Atualmente possui, entre outros espaços, um hall para ações de promoção do patrimônio cultural além de um auditório que pode ser utilizado pela sociedade para realização de eventos, seminários e reuniões. A Biblioteca, a única especializada no tema patrimônio cultural no Amapá, também está aberta ao público.
No Amapá, o patrimônio cultural tombado pelo Iphan localiza-se às margens do rio Amazonas, onde estão inúmeras ilhas antes do encontro com o Oceano Atlântico. Nessa região, a Fortaleza de São José de Macapá foi construída pelos portugueses, no século XVIII, para defender o extremo norte do Brasil da cobiça de outros povos europeus. O vasto e diversificado patrimônio arqueológico do Amapá inclui as descobertas em Calçoene e o Forte de Cumaú. A Arte Kusiwa, dos indígenas Wajãpi, é protegida pelo Iphan e reconhecida pela Unesco, e outros bens imateriais estão sendo estudados por meio do Inventário Nacional de Referências Culturais (INRC).
Entre as ações desenvolvidas pela Superintendência, está o projeto de regularização fundiária da área do conjunto urbano tombado da Vila Serra do Navio. A Secretaria do Patrimônio da União (SPU) e a Universidade Federal do Pará (UFPA) apoiam essa iniciativa. No processo de regularização fundiária, a União repassa as terras ao município e, após os estudos realizados, entrega aos moradores as unidades imobiliárias. Com a regularização, entre outros inúmeros benefícios, tanto o município quanto os moradores estarão aptos a pleitear financiamentos oficiais e recursos para projetos habitacionais e urbanos. Esse processo é uma ação de inclusão socioterritorial associada à preservação do patrimônio cultural. Os moradores da Vila recebem informações sobre regularização, normas de preservação que devem ser aplicadas para que o município mantenha suas particularidades.