Patrimônio Material
Em 2011, o Iphan realizou o primeiro tombamento no Estado, com a inscrição da Casa de Chico Mendes e de seu acervo no Livro do Tombo Histórico. O imóvel está localizado no município de Xapuri, onde o seringueiro foi assassinado em dezembro de 1988, após escapar de sucessivos atentados. Chico Mendes se consagrou como um dos principais protagonistas dos movimentos socioambientais das décadas de 1970 e 1980 pela preservação da cultura dos “povos da floresta”.
Está sendo realizando o inventário do centro histórico de Rio Branco - a capital do Estado - em parceria com as fundações de Cultura e Comunicação Elias Mansour (estadual) e Garibaldi Brasil (municipal). O trabalho pretende identificar bens relacionados ao contexto de criação e desenvolvimento da cidade, que podem receber tombamento federal. As construções de Rio Branco recontam sua história, apresentando exemplares da arquitetura vernacular em madeira, até prédios com projetos ecléticos ou influência art déco. A arquitetura vernacular é aquela construída com materiais disponíveis no próprio local da construção e que se harmoniza om o clima e cultura da comunidade que a produz, com tecnologias patrimoniais passadas de geração a geração.
O Acre como estado brasileiro e o ciclo da exploração da borracha na região amazônica estão intimamente ligados. A região pertencia à Bolívia e abrigou os nordestinos que migravam em função da seca, desconsiderando os limites territoriais entre os dois países. Foco de mais de uma disputa armada, foi oficialmente integrado ao Brasil depois das negociações empreendidas pelo então ministro das Relações Exteriores, José Maria da Silva Paranhos, o Barão do Rio Branco, com o Tratado de Petrópolis, em 17 de novembro de 1903.