Patrimônio Arqueológico
As pesquisas arqueológicas realizadas no estado do Acre demonstram que a ocupação indígena na região é milenar. Dos sítios arqueológicos cadastrados pelo Iphan no estado, muitos são considerados raros no mundo visto serem estruturas de terra perfeitamente geométricas que ocupam extensas áreas a maioria delas desmatadas. Tais registros arqueológicos são conhecidos como geoglifos, com predominância de formas quadradas e circulares. Um grande desafio é a gestão desses sítios, alguns cortados por estradas.
Os geoglifos são estruturas de terra escavadas no solo e formadas por valetas e muretas que representam figuras geométricas de diferentes formas e dimensões. Essenciais para entender o processo de ocupação e povoamento da região amazônica, onde grupos indígenas modificaram o ambiente e imprimiram na terra as características de sua identidade, essas marcas são numerosas na região Norte do país, em especial, no Acre, no leste do estado, associados, em sua maioria, aos rios Acre e Iquiri.
Os primeiros registros desses sítios ocorreram na década de 1970, quando o pesquisador Ondemar Dias localizou oito estruturas no Acre, enquanto estava trabalhando em um projeto desenvolvido no âmbito do Programa Nacional de Pesquisas Arqueológicas da Bacia Amazônica (Pronapaba).
O Acre possui um sítio arqueológico tombado pelo Iphan, nos termos do Decreto Lei nº. 25/1937, intitulado “Sítio Arqueológico Jacó Sá”. O sítio, inscrito no Livro do Tombo Arqueológico, Etnográfico e Paisagístico em 2018, situa-se a 50 quilômetros da capital acreana Rio Branco.