Superintendência do Iphan no Acre
A história do Acre é escrita por lutas e conquistas do seu povo. A herança cultural dos indígenas se manifesta na atualidade: religião, culinária, saberes e fazeres. A partir dos registros arqueológicos - a exemplo os Geoglifos – se faz possível revelar a identidade da civilização amazônica. Com o ciclo da borracha, o Acre atraiu trabalhadores de todos os cantos do país que, por sua vez, deixaram suas marcas nas florestas. O ofício do seringueiro é uma das referências culturais do município de Xapuri, cidade que teve o primeiro bem tombado pelo Iphan no Estado - a Casa de Chico Mendes - onde viveu e foi assassinado o grande líder seringueiro de renome mundial. Convém destacar dois bens de natureza imaterial em processo de registro na atualidade: os padrões gráficos kenê kui, do povo Huni Kui, e os “Usos Rituais da Ayahuasca”. Assim sendo, a atuação do Iphan no Acre ocorre no sentido de aprofundar o conhecimento acerca de seu rico Patrimônio Cultural.
A Superintendência do Iphan no Acre foi criada em 2009 e funcionou, antes desta data, como Sub-regional de Rondônia (RO), implantada em 2004. Seis meses após a instalação da Superintendência, em 2004, o contato e o intercâmbio com as instituições culturais do Estado passaram a ser associadas às políticas públicas de preservação cultural e ambiental. Sua missão é promover e coordenar o processo de preservação do patrimônio cultural no Estado para fortalecer identidades, garantir o direito à memória e contribuir com o desenvolvimento econômico do Brasil. No Acre, o Iphan desenvolve uma linha de pesquisa e estudos da história da ocupação territorial e construção da nacionalidade, que também será aplicada em diversas regiões do país. Após meses de intercâmbio com instituições culturais do Acre, o projeto resultou em uma análise dos bens culturais no Estado, confirmando a indissociabilidade das políticas de preservação cultural e ambiental.