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CNFCP
Exposição celebra 40 anos da Sala do Artista Popular no RJ
Nesta quinta-feira (4/7), o Centro Nacional de Folclore e Cultura Popular (CNFCP), unidade especial do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) no Rio de Janeiro, celebra uma de suas ações mais longevas e reconhecidas. Para comemorar os 40 anos do programa Sala do Artista Popular (SAP), o CNFCP/Iphan promove a exposição "Nóis morre, as coisa fica: artes populares no Brasil", na Galeria Mestre Vitalino. A abertura será às 17h com as presenças da Ministra da Cultura, Margareth Menezes, do presidente do Iphan, Leandro Grass, e da presidenta da Fundação Nacional de Artes (Funarte), Maria Marighella.
O evento contará ainda com a participação de mestras e mestres contemplados pelo edital Funarte 2024. Estão confirmadas as presenças de Andila Kaingáng (RS), Carlos Babau (CE), Carmézia Emiliano (RR), Duhigó (AM), Espedito Seleiro (CE), Yolanda Carvalho (PI) e Zé Diabo (BA). Além da honra de receber os artistas, a exposição será marcada pela apresentação da roda de samba Moacyr Luz e Samba do Trabalhador.
40 anos de arte popular
Quatro décadas se passaram desde que a museóloga e curadora Lélia Coelho Frota idealizou a SAP, com o objetivo de documentar, difundir e fomentar as artes populares e o artesanato de cunho tradicional brasileiros. Ao longo desse período, muitas transformações se deram no campo das chamadas artes populares no Brasil e no mundo, e o programa fez parte desse processo. Contribuiu de forma significativa para o reconhecimento do protagonismo dos artistas, baseado em teorias da etnografia e da cultura, fundamentando a execução de uma política pública de Estado.
Propor a reflexão sobre o programa, sua existência e permanência, através da exposição sobre os seus 40 anos, é também refletir sobre o próprio campo da arte popular. A partir do acervo gerado pela SAP, com obras de indivíduos, coletivos, territórios, tempos e subjetividades, há o convite a conhecer e pensar a história e as configurações contemporâneas das artes populares. São objetos, fotografias, sons e vídeos que documentam os processos de transformação desse campo. Um mergulho no caleidoscópio multifacetado das artes populares, que levam à transcendência de objetos e saberes. Como sugeriu o escultor José Julião: “Nóis morre, as coisa fica”.
Para a realização da exposição “Nóis morre, as coisa fica: artes populares no Brasil", o CNFCP/ IPHAN conta com a parceria da Associação Cultural de Amigos do Museu de Folclore Edison Carneiro (Acamufec), da Fundação Nacional de Artes (Funarte) e do Ministério da Cultura.
SERVIÇO
Exposição “Nóis morre, as coisa fica: artes populares no Brasil"
Data: 4 de julho
Local: Galeria Mestre Vitalino, Museu de Folclore Edison Carneiro - CNFCP
Endereço: Rua do Catete, 179 – Catete
Programação:
- 17h: Abertura da exposição “Nóis morre, as coisa fica: artes populares no Brasil”
- 18h: Solenidade de celebração dos 40 anos do Programa SAP
- 18h30: Apresentação da Roda de samba Moacyr Luz e Samba do Trabalhador
Horários de visitação: a partir do dia 05 de julho
- Terça a sexta-feira, das 10h às 18h
- Sábados, domingos e feriados, das 11h às 17h
Programa SAP
Criado em 1983, o programa SAP do CNFCP/Iphan é pioneiro em sua abordagem no país, valorizando a autoria, a subjetividade, os simbolismos, e o protagonismo dos autores de obras pouco (re)conhecidas.
Como programa institucional, compreende várias ações que têm como ponto de partida a anuência dos artífices envolvidos. A partir da qual, seguem as atividades: pesquisa e registros de campo; articulação com instituições e agentes locais; fomento pela via da comercialização justa; promoção do diálogo entre os próprios artesãos; e realização de exposições acompanhadas de catálogo, que já documentaram 207 edições até o momento.
Cada edição da SAP corresponde à mostra do trabalho de um indivíduo ou comunidade que produz objetos singulares, portadores de suas histórias e, não raro, de gerações que os antecederam. Espelho de suas experiências, suas relações com o lugar e suas formas de ver e materializar o mundo.
Do ponto de vista econômico, a SAP possibilita a comercialização das obras enviadas pelos artistas, abrindo um canal de venda sem intermediários. O programa conta com um espaço de comercialização permanente, voltado exclusivamente para aqueles que participaram da SAP.