Histórico
A Revista do Patrimônio é a primeira ação editorial do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional. Desde 1937 ela se dedica à discussão e promoção da atividade do órgão, sendo ainda hoje uma importante ação de difusão da temática ao dar visibilidade a questões significativas na área do Patrimônio Cultural brasileiro.
A relação entre a produção editorial e as ações do Iphan em prol da valorização, difusão e preservação do patrimônio cultural brasileiro pode ser vista nas diferentes fases da Revista do Patrimônio e nas transformações ao longo de sua trajetória. Avaliando os números publicados, é possível dividir a produção da revista em fases distintas a partir dos três projetos gráficos já empregados na publicação, que refletem as diretrizes editoriais do Sphan/Iphan, se relacionando diretamente com as estratégias de promoção do patrimônio adotadas pelo órgão.
Fase 1 – Rodrigo Melo Franco de Andrade/ Renato Soeiro:
- Surgimento do Serviço do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional, cujo dirigente foi o primeiro Editor da Revista;
- Formato livro com projeto gráfico feito de forma intuitiva e experimentação de processos de impressão a partir das técnicas disponíveis;
- Grande variação do número de páginas, impressão diferenciada das imagens;
- Na época, sua concepção era a de uma revista de ‘alta cultura’, destinada aos intelectuais, apresentando uma visão da diversidade cultural formadora da identidade nacional.
Fase 2 – João de Souza Leite:
- Ideais de difusão e popularização de Aloísio Magalhães e política de preservação Sphan/próMemória;
- Estruturação da área editorial: a revista passa a ser editada por profissional de design gráfico do quadro técnico da Instituição e conta com um designer;
- Formato magazine, projeto gráfico com maior unidade visual;
- A Revista passa a ter um só sistema de impressão, variando apenas o papel de impressão da capa e imagens;
- O formato buscava popularizar a publicação: aproximava-se das revistas comerciais e de textos jornalísticos, ao tempo em que afirmava a abertura da Revista à colaboração acadêmica nacional e internacional.
Fase 3 – Sebastião Uchôa Leite e Ana Carmen Jara Casco:
- Mudanças no quadro profissional da Revista;
- Para além da figura do editor, ela passa a ser temática e a contar com um organizador;
- Retomada do formato livro e amadurecimento do projeto gráfico, inspirado no primeiro número;
- A iconografia ganha valor com o avanço tecnológico e é padronizado o uso do papel couchê em todo o miolo;
- A organização temática possibilita alinhamento com as discussões correntes na instituição e melhor desenvolvimento dos textos que voltam à abordagem acadêmica.
Momento atual
A partir do 3º projeto gráfico a revista assume um caráter mais dinâmico. Mesmo que esta não tenha sido a ideia inicial de Victor Burton em seu projeto, a participação de outros designers nas edições seguintes conferiu à revista esta flexibilidade sem que se perdesse a unidade do projeto como um todo.
Exemplo disso são as 3 últimas edições (números 35 ao 40) da revista que foram lançadas com dois números em um Box/Luva temática.
A partir da publicação do número 37, a edição da Revista passa a ser coordenada pela Divisão de Editoração e Publicações, DIVEP - lotada no Departamento de Articulação, Fomento e Educação.