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ARQUEOLOGIA
Voluntários recolhem 2,5 toneladas de resíduos sólidos em sítio arqueológico
Aproximadamente 300 voluntários participaram do mutirão de coleta de resíduos sólidos na praia e sítio arqueológico Ponta das Lajes, em Manaus (AM), no último sábado (23/11). Foram recolhidas 2,5 toneladas de material. A ação foi realizada pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) e pelo Instituto Soka Amazônia, com o objetivo de sensibilizar e conscientizar a sociedade para a proteção dos rios e valorização dos patrimônios naturais e culturais da Amazônia.
O mutirão acontece pelo segundo ano consecutivo, motivado pelo afloramento do sítio arqueológico durante a seca dos rios, revelando novas gravuras rupestres e oficinas líticas, locais utilizados no passado para amolar e fabricar instrumentos de pedra. A superintendente do Iphan no Amazonas, Beatriz Calheiro, afirma que “o local é sagrado para os povos indígenas e muito importante para a arqueologia do nosso estado. Ele deve ser protegido e preservado para que as atuais e futuras gerações possam saber que ali passaram pessoas há milhares de anos. A ação de limpeza ajuda na sua conservação”.A mobilização faz parte do Plano de Ações Integradas do Patrimônio Arqueológico do Amazonas, elaborado pelo Iphan, com o apoio do Instituto Soka Amazônia e diversas organizações do poder público e da sociedade civil. Na coleta realizada no ano passado, 200 participantes recolheram cerca de 1 tonelada de resíduos.
“Estamos felizes que voluntários de diversos segmentos da sociedade estejam conosco realizando este abraço ao sítio arqueológico Ponta das Lages e demonstrando seu compromisso com a proteção do meio ambiente e dos patrimônios da Amazônia. Mas o nosso desejo é que, nos próximos anos, o volume de resíduos encontrados nas margens de rios e igarapés diminua”, afirma Jean Dinelli Leão, coordenador de educação ambiental do Instituto Soka Amazônia.
O sítio arqueológico Ponta das Lajes está localizado às margens do rio Negro, com datação entre mil e dois mil anos atrás. A área de aproximadamente 150.000 m² comporta uma praia coberta de lajes de pedra. Em 2024, o sítio aflorou pela terceira vez, resultado da seca histórica que assola a região amazônica (as outras foram em 2010 e 2023).
A ação marcou a celebração do Dia do Rio, comemorado no último domingo, e contou com a participação de voluntários de 18 empresas, entre parceiras do Instituto Soka e integrantes da Câmara de Comércio e Indústria Nipo-Brasileira do Amazonas ; de órgãos do poder público, como Defesa Civil, Guarda Municipal, Polícia Militar, Batalhão de Policiamento Ambiental, Serviço Geológico do Brasil, Semmas-Clima, Universidade Federal do Amazonas, Universidade do Estado do Amazonas; e da sociedade civil, como a associação Brasil SGI, Grupo Suçuarana e Coordenação de Povos Indígenas de Manaus e Entornos (Copime).
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