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PREMIAÇÃO
Vencedores do 11º Prêmio Luiz de Castro Faria recebem homenagem do Iphan
Foram cinco trabalhos selecionados, divididos nas categorias monografia, dissertação, tese e artigo científico. (Foto: Mariana Alves/Iphan)
Nesta sexta-feira (1º/12), o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) premiou os vencedores do 11º Prêmio Luiz de Castro Faria, em cerimônia realizada no auditório do Instituto, em Brasília (DF). O concurso reconhece pesquisas acadêmicas de excelência com temática relacionada ao Patrimônio Arqueológico brasileiro.
Os vencedores foram premiados com valores entre R$ 7 mil e R$ 20 mil, de acordo com a categoria. Foram cinco trabalhos selecionados, divididos nas categorias monografia de graduação, dissertação de mestrado, tese de doutorado e artigo científico. Nesta edição, a categoria artigo científico selecionou dois trabalhos relacionados à temática indígena e à diáspora africana no Brasil.
O 11º Prêmio Luiz de Castro Faria teve como tema o Cais do Valongo, no Rio de Janeiro (RJ), importante sítio arqueológico que se tornou local de memória sensível sobre a diáspora africana nas Américas.
Durante a cerimônia, o presidente do Iphan, Leandro Grass, ressaltou a importância de promover a interação da ciência com a efetivação de direitos. “Queremos muito que a Arqueologia social e inclusiva seja uma base da nossa ação. Ela já é uma parte, inspiradora, mas que seja de estrutura, a agenda fundante do nosso processo das estratégias de Educação Patrimonial, voltadas para as comunidades tradicionais, dos povos amazônicos, as comunidades que muitas vezes são esquecidas e invisibilizadas pelo Estado brasileiro”.
A diretora do Centro Nacional de Arqueologia (CNA), Jeanne Crespo, também parabenizou os vencedores. “Vimos que não era somente um trabalho acadêmico, pró-forma, mas era parte da vida, das vivências e das lutas de vocês. Das lutas pelo reconhecimento, pela visibilidade pelo território, pela vida. Então agradeço demais por vocês terem compartilhado essas experiência conosco, muita gratidão”, destacou.
Vencedores
Na categoria monografia, o trabalho vencedor foi o de Diego Ribeiro de Souza, com o título “Arqueologia no ‘meu interior’: tessitura das relações entre pessoas e patrimônio na comunidade Lagoa dos Torrões”, realizado no âmbito da Graduação em Arqueologia e Preservação Patrimonial da Universidade Federal do Vale do São Francisco (Univasf).
A categoria dissertação, por sua vez, teve como vencedor o trabalho intitulado "Yané Redáwa Tedáwa São Francisco: arqueologia ancestral na terra indígena Tupinambá, rio Tapajós, Amazônia", de autoria de Hudson Romário Melo de Jesus, desenvolvido no Programa de Pós-Graduação em Arqueologia da Universidade Federal de Sergipe (UFS).
Na categoria tese, o vencedor foi o trabalho “Abordagens educacionais para uma arqueologia parente com comunidades tradicionais da RDS Amanã e da Flona Tefé, Amazonas", de autoria de Maurício André da Silva, desenvolvido no âmbito do Programa de Pós-Graduação em Arqueologia do Museu de Arqueologia e Etnologia da Universidade de São Paulo (MAE/USP).
Por fim, a categoria artigo científico selecionou os trabalhos "Entre memórias e vestígios: teias do tempo no encontro do patrimônio vivo - um relato do sítio arqueológico Alto da Lagoa de Santa Teresa", de autoria de Heloísa Bitú dos Santos, e "Diálogos afrodiaspóricos em sala de aula: por uma arqueologia antirracista", de autoria de Patrícia Marinho de Carvalho.
O concurso
O Prêmio Luiz de Castro Faria foi criado em 2013 e prestigia trabalhos acadêmicos que trazem originalidade e contribuições ao tema da preservação do Patrimônio Arqueológico brasileiro. O concurso é realizado por meio do Centro Nacional de Arqueologia (CNA), unidade especial do Iphan.
O nome homenageia o museólogo e antropólogo Luiz de Castro Faria, que, na década de 1960, foi um importante articulador das políticas públicas sobre o Patrimônio Arqueológico no Brasil. Atuou na promoção de pesquisas arqueológicas desenvolvidas, principalmente, com o Museu Nacional da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Também foi membro do Conselho Consultivo do Sphan (atual Iphan).
O trabalho de Luiz de Castro também foi significativo para a preservação dos sambaquis, sítios arqueológicos presentes na costa brasileira. O pesquisador foi um dos principais autores do anteprojeto da Lei 3.934/61, que dispõe sobre os monumentos arqueológicos e pré-históricos no Brasil.
Conheça os vencedores:
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