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MANAUS (AM)
Sítio arqueológico que aflorou durante a estiagem amazônica recebe vistorias e ações educativas
Sítio arqueológico das Lajes, às margens do rio Negro, em Manaus-AM (Foto: Acervo Iphan-AM)
O Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) informa que o sítio arqueológico Ponta das Lajes, situado às margens do rio Negro, em Manaus (AM), está em bom estado de conservação. Em função da seca histórica que atinge a bacia amazônica este ano, o sítio aflorou, pela segunda vez, possibilitando a visualização das gravuras conforme registros do Iphan.
Informamos que as pinturas feitas pela população no pedral das Lajes não estão sobrepostas às gravuras e amoladores do sítio arqueológico, mas em área adjacente, a pelos menos 100 metros de distância. Algumas dessas inscrições fazem referência aos anos de 2015 e 2018, quando a seca não chegou ao nível de afloramento dos registros rupestres do sítio.
Quanto aos resíduos sólidos encontrados no local, destaca-se que parte significativa desse material é proveniente do descarte inadequado em outros pontos ao longo do rio Negro. Informamos que a presença desses resíduos gera preocupação, razão pela qual orientamos aos visitantes evitarem levar material plástico ou similar quando das visitas ao local, recolher e retornar com os resíduos e efetivar o descarte correto dos materiais eventualmente levados.
Além disso, conforme a legislação de proteção ao patrimônio arqueológico (Lei 3924/1961), é terminantemente proibido alterar a composição dos sítios arqueológicos por quaisquer meios, razão pela qual reforçamos a proibição quanto ao acendimento de fogueiras no local.
Visando à preservação do sítio, no dia 28 de outubro de 2023, o Iphan e o Instituto Soka Amazônia realizarão ações educativas voltadas à preservação ambiental e patrimonial, com atividades de recolhimento do lixo no local, visando sensibilizar a comunidade sobre a importância de preservar os rios e os bens arqueológicos. Já no dia 1º de novembro, no próprio Instituto Soka Amazônia, vão acontecer atividades de palestra e sensibilização quanto à preservação do patrimônio arqueológico, contando com a participação de discentes do Instituto Federal do Amazonas (Ifam).
Entendendo que a gestão do bem deve ser contínua, o Iphan vem procurando outros parceiros para realizar a gestão compartilhada, de maneira que se assegure a preservação e a integridade do bem.
Por fim, a respeito do salvamento arqueológico durante as obras da Estação de Tratamento de Água, desta vez no sítio Lages, localizado às proximidades do sítio Ponta das Lajes, os objetos resgatados foram encaminhados a uma instituição de guarda e pesquisa, neste caso o Museu Amazônico, da Universidade Federal do Amazonas (Ufam), conforme prevê a legislação.
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