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RECONSTRUÇÃO
Seminário debate restauração de obras danificadas nos atos de 8 de janeiro
Evento discutiu o minucioso trabalho de recuperação de obras de grande valor histórico e artístico
Publicado em
29/08/2024 15h35
Atualizado em
29/08/2024 16h36
Entre os dias 27 e 29 de agosto, o auditório do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), em Brasília (DF), sediou o seminário Diálogos sobre Conservação-Restauração, Patrimônio e Democracia. Composto por seis mesas-redondas, o evento explanou os desafios do trabalho de restauração das obras danificadas nos ataques antidemocráticos de 8 de janeiro de 2023.
A cerimônia de abertura do evento contou com a presença da ministra da Cultura, Margareth Menezes, do presidente do Iphan, Leandro Grass, do diretor curatorial dos Palácios Presidenciais, Rogério Carvalho, da reitora da Universidade Federal de Pelotas (UFPel), Isabela Andrade, dentre outras autoridades.
A cerimônia de abertura do evento contou com a presença da ministra da Cultura, Margareth Menezes, do presidente do Iphan, Leandro Grass, do diretor curatorial dos Palácios Presidenciais, Rogério Carvalho, da reitora da Universidade Federal de Pelotas (UFPel), Isabela Andrade, dentre outras autoridades.
As mesas-redondas abordaram temas como Relatos em conservação e restauração: metal, papel e cerâmica; Educação Patrimonial e comunicação no centro de iniciativas de valorização do patrimônio cultural e da Democracia; e Iniciativas institucionais, desafios e práticas positivas para colaboração institucional na conservação-restauração e valorização do patrimônio cultura. Os debates foram conduzidos por especialistas do Iphan, da UFPel e da Universidade de Brasília (UnB).
Abertura do seminário
Durante a cerimônia de abertura do evento, a Ministra da Cultura, Margareth Menezes, enfatizou a importância da recuperação das obras de arte, detentoras de valor histórico. “O Brasil tem um dos patrimônios culturais e artísticos mais ricos do mundo, com diversidade e pluralidade de manifestações que precisamos preservar. Faz parte da missão do Ministério da Cultura incentivar a população a se apropriar do poder e força que estão nas nossas riquezas culturais, materiais e imateriais”, sublinhou.
O presidente do Iphan, Leandro Grass, destacou as ações de educação patrimonial nas escolas públicas de Brasília, realizadas paralelamente ao seminário. “Essas ações de conscientização patrimonial sobre todo o processo de restauro das obras é, acima de tudo, sobre os valores, símbolos e significados que os bens culturais possuem. Para que essas gerações sejam agentes de transformação, porque ninguém cuida daquilo que não conhece”, disse.
Os desafios e os esforços para tornar possível o deslocamento da equipe de restauradores de Pelotas, no Rio Grande do Sul, também foram ressaltados na mesa de abertura. Os profissionais precisaram superar adversidades, como as enchentes que afetaram o estado e o município, ir para Brasília e cumprir a missão de resgatar o legado artístico brasileiro.
Restauro e democracia
O projeto de restauração das peças é uma parceria entre o Iphan, a UFPel, a Fundação Delfim Mendes, e a Presidência da República, dedicado a recuperar 20 obras de arte em um laboratório montado no Palácio da Alvorada. Até o momento,15 delas já foram concluídas e as outras cinco terão o restauro concluído até outubro. O trabalho de catalogação e documentação segue até dezembro, quando está prevista a conclusão do projeto.
O investimento foi feito por meio de um Termo de Execução Descentralizada (TED) entre o Iphan e a UFPel, de cerca de R$ 2,2 milhões. São 10 restauradores envolvidos no processo, oriundos do curso de Conservação e Restauração da
UFPel, um dos quatro do país desse campo de atuação.
Durante a montagem das peças, cada fragmento é valioso. A restauração abrangeu obras de metal, cerâmica e papel, além de telas. “Muitas peças das estruturas danificadas são centenárias e não existem mais disponíveis para venda, então tivemos que produzir réplicas exatamente como as originais”, relatou Társis Gradaschi, restaurador de duas obras de metal danificadas.
Muitas obras tiveram danos severos, como um vaso de cerâmica esmaltada com estanho, quebrado em cerca de 180 fragmentos. O processo de restauração envolveu a separação e enumeração de cada um deles, para uma montagem semelhante à de um quebra-cabeças. Posteriormente, houve a reconstituição das partes faltantes, lixamento e nivelamento do vaso.
Exposição
Durante o seminário também foi inaugurada a exposição “8 de janeiro: restauração e democracia”, que apresenta registros dos processos de restauração das obras de arte vandalizadas. A mostra está aberta para visitação até o dia 25 de outubro, de segunda a sexta-feira, das 8h às 18h, na Sala de Exposições do Iphan, em Brasília (DF).
A exposição tem curadoria de Lauer Santos e conta com registros fotográficos de Nauro Júnior, Mariana Alves e do Laboratório de conservação e restauração de pinturas (Lacorpi) da Ufpel. Também conta com uma animação 3D de Maurício Costa Montone e Edemar Dias Xavier Júnior, e vídeo de Michael Kerr e André Luís Barcelos.
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Assessoria de Comunicação Iphan
Mariana Alvarenga - mariana.alvarenga@iphan.gov.br
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