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RIO DE JANEIRO
Seminário debate preservação cultural com palestras e ações educativas
Foto: Ana Carla Pereira/Iphan
Na semana de 19 a 23 de agosto, o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) promoveu o I Seminário da Casa do Patrimônio Cultural do Rio de Janeiro, na sede da Superintendência do Iphan no estado. Proporcionando um espaço de troca entre a equipe técnica do Instituto e a sociedade, o evento marcou a abertura do edifício Docas de Santos ao público e contou com uma programação diversificada, que envolveu desde debates técnicos até ações educativas para estudantes dos ensinos fundamental e médio.
O seminário teve início com um debate sobre o processo de restauro do edifício que abriga a superintendência do Iphan-RJ. Ao longo do dia, especialistas das diferentes disciplinas envolvidas no projeto apresentaram os desafios e as soluções encontradas para preservar o prédio, tombado pelo Iphan em 1978. Os participantes também puderam realizar uma visita guiada, conduzida pelos profissionais, que destacaram os aspectos técnicos debatidos durante as palestras.
Na terça-feira, o foco foi a desinfestação por anóxia do acervo documental da superintendência. Na ocasião, especialistas debateram como a umidade afeta a preservação dos acervos de papel e apresentaram métodos inovadores de secagem controlada. Além disso, foram abordadas questões sobre os principais insetos-praga e métodos de controle, enfatizando o uso de técnicas que não utilizam produtos químicos.
A programação da semana também foi marcada por discussões sobre bens móveis - objetos de arte, de ofícios, utensílios domésticos ou religiosos que possuem valor cultural reconhecido pelas instituições de proteção do patrimônio - e bens integrados - elementos que estão fixados a um ambiente construído e, apesar de poderem ser desmontados e removidos, fazem parte indivisível do espaço.
Em parceria com o Instituto Estadual do Patrimônio Cultural (Inepac), foi promovido um debate sobre o uso de tecnologias como ferramentas para a preservação desses bens culturais. Além disso, um painel reuniu renomados especialistas para discutir a proteção dos bens móveis do período colonial, com destaque para o trabalho de douramento do trono de D. Pedro II. A atuação da Polícia Federal e de outras instituições na proteção desses bens também foi amplamente debatida.
Educação patrimonial em destaque
Na quinta-feira, as atividades ganharam um novo foco, voltado para a educação patrimonial. Através de uma abordagem acessível e lúdica, foram apresentados temas como cultura, história, arte e pertencimento aos estudantes do ensino fundamental do Colégio Pedro II. À tarde, alunos do ensino médio participaram de uma palestra de orientação vocacional que apresentou as diversas carreiras possíveis dentro do Iphan, despertando o interesse dos jovens para a área da preservação cultural.
Na sexta-feira, o encerramento do seminário foi marcado por uma imersão no patrimônio imaterial. Em uma atividade que uniu sabor e conhecimento, Baianas de Acarajé compartilharam com as crianças o processo de preparo desse prato tradicional, enquanto explicavam a importância da indumentária e dos saberes transmitidos por gerações. As atividades lúdicas continuaram ao longo do dia e incluíram contação de histórias e dinâmicas sobre patrimônio.
Para o superintendente do Iphan-RJ, Paulo Vidal, receber o público na sede, que passou pelo maior restauro em 116 anos, foi uma experiência gratificante. "O prédio tem uma vocação para atividades abertas ao público e mais eventos serão realizados, com certeza. Já temos demandas para novas exposições e seminários, e estamos fazendo parcerias diversas. A Casa do Patrimônio tem uma perspectiva excelente de dinamização no contato do Iphan com a sociedade", avalia o superintendente.
A professora do 5º ano do Colégio Pedro II, Úrsula Farias, destacou o impacto da experiência e avaliou a importância da integração do Iphan com as escolas, bem como com a comunidade do entorno. Segundo ela, atividades como as oferecidas auxiliam a difundir a importância da preservação. “As atividades oferecidas para as crianças ajudam a aproximar cada vez mais os alunos da cultura e do patrimônio. A discussão da educação patrimonial para além do patrimônio autorizado, mas englobando o que as crianças entendem como patrimônio é fundamental", concluiu a professora.
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