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PATRIMÔNIO IMATERIAL
Retomado processo para registro das celebrações da Independência do Brasil na Bahia
Nos festejos, destaca-se a figura do caboclo, ícone e herói popular que encarna a bravura do povo baiano e a fusão das culturas indígenas e africanas. Foto: Carol Garcia/SecultBA
O Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) irá retomar o processo para o registro das celebrações da Independência do Brasil na Bahia. A decisão foi tomada pela Câmara Setorial do Patrimônio Imaterial do Instituto, no mês de setembro. Estão incluídas três celebrações, que serão tratadas em conjunto: o cortejo de 25 de junho, em Cachoeira; o festejo de 7 de janeiro, em Itaparica; e o cortejo de 2 de julho, em Salvador.
O processo havia sido arquivado em 2021, levando a comunidade de mestras e mestres dessas manifestações a solicitarem reconsideração da decisão. Em nova avaliação, em 2024, a Câmara Setorial do Patrimônio Imaterial considerou que as celebrações realizadas na Bahia também são relevantes para a formação da identidade e das referências culturais brasileiras.
As festividades da Independência do Brasil na Bahia são marcadas por desfiles cívicos, eventos culturais e homenagens aos heróis da guerra, preservando a memória das lutas pela liberdade no Brasil. Nos festejos, destaca-se a figura do caboclo, ícone e herói popular que encarna a bravura do povo baiano e a fusão das culturas indígenas e africanas.
“Aprofundar o conhecimento sobre essas celebrações e avaliar a possibilidade de registro como patrimônio imaterial é um passo importante para valorizar essa memória”, afirma o diretor do Departamento de Patrimônio Imaterial (DPI), Deyvesson Gusmão. “As celebrações da Independência do Brasil não são somente comemorações cívicas locais e vão além da recordação histórica. Elas remetem a movimentos de libertação do início do século XIX, período em que a Bahia foi um dos principais palcos de luta contra a fragmentação do país e o domínio português, são um símbolo de resistência e coragem que se materializa na cultura popular”, acrescenta.
Histórico
O primeiro pedido de reconhecimento dessas festividades como Patrimônio Cultural foi realizado em 2013, por iniciativa da Associação Cultural Grupo Indígena Os Guaranis, que solicitou o registro das festas de 7 de janeiro em Itaparica. Após diálogos entre a Superintendência do Iphan na Bahia e as prefeituras municipais, percebeu-se que eventos semelhantes eram realizados em outras cidades do estado, levando à ampliação da proposta para incluir também os municípios de Cachoeira (25 de junho) e Salvador (2 de julho).
Para os proponentes do registro, a história da Independência do Brasil não se limita ao 7 de setembro, data celebrada em todo o país. Eventos como os realizados na Bahia também são entendidos como essenciais para a formação da identidade brasileira.
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Marina Baldoni Amaral – marina.amaral@iphan.gov.br
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