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Restaurações de pontes históricas são concluídas em São João del Rei (MG)
Ponte do Teatro, com arquitetura característica da época de construção da estação ferroviária. Foto: Raymara Gama da Luz / Iphan
Cartões-postais de São João Del Rei (MG), as pontes da Cadeia, do Rosário, do Teatro e da Passarela da Estação Ferroviária tiveram suas obras de restauração concluídas no mês de maio. As intervenções receberam investimentos de aproximadamente R$ 1,5 milhão do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), autarquia federal vinculada à Secretaria Especial de Cultura do Ministério do Turismo, através do Programa de Preservação de Cidades Históricas.
De grande importância histórica e econômica para São João del Rei, as quatro pontes, que atravessam o Córrego do Lenheiro e seus afluentes, passaram por extensas obras de restauração, visando não só a preservação do Patrimônio Cultural, mas também a segurança dos pedestres e motoristas. Além dos trabalhos estruturais, foi feita também a adequação dos passeios para as normas de acessibilidades, bem como projeto luminotécnico. Além da consolidação das pedras e argamassas de cal, foi realizada a remoção de peças metálicas oxidadas e das tintas com o objetivo de trazer as características primitivas das pontes.
A ponte da Cadeia, em arcos de pedra, foi construída em 1797 depois que a antiga, feita de madeira, ruiu durante a passagem de uma procissão. A ponte do Rosário, construída em 1800, tem de um lado a Igreja do Rosário e do outro o Memorial Tancredo Neves e a Igreja de São Francisco. A ponte do Teatro possui arquitetura característica da época de construção da estação ferroviária. A passarela da Estação Ferroviária, que dá acesso à Maria Fumaça, foi construída com os próprios trilhos do trem.
São João del Rei
Diferentemente de outras cidades mineiras do Ciclo do Ouro, fundadas na mesma época e que tiveram seu apogeu durante o século XVIII até meados do século XIX, São João del Rei continuou a se desenvolver economicamente durante os séculos XIX e XX, encontrando no comércio e na agropecuária e, posteriormente em algumas indústrias têxteis, importantes fontes de renda.
O conjunto arquitetônico e urbanístico de São João del Rei foi tombado pelo Iphan em 1938. O núcleo histórico constituía, na época, a área que remonta ao período colonial, onde estão igrejas, capelas, pontes e os Passos da Paixão. O conjunto de bens tombados totaliza cerca de 700 imóveis, que estão contornados por edificações de arquitetura eclética. Em 2007 foi escolhida Capital Brasileira da Cultura, pela Organização Capital Brasileira da Cultura, organização não-governamental que conta com o apoio do do Ministério do Turismo e da Unesco.
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