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PATRIMÔNIO EDIFICADO
Requalificação do Mercado São José (PE) receberá R$ 20 milhões do Novo PAC
Foto: Filipe Araújo/Ministério da Cultura
O Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) e o Ministério da Cultura (MinC) assinaram, nesta quinta-feira (22), Termo de Compromisso (TC) com a Prefeitura Municipal de Recife (PE) para repasse de R$ 20 milhões do Novo PAC Patrimônio Cultural à capital pernambucana. Os recursos são destinados à requalificação do Mercado São José, importante edificação tombada em nível federal em 1973.
A cerimônia de assinatura foi realizada no Ministério da Cultura com a presença da ministra Margareth Menezes; do presidente do Iphan, Leandro Grass e do prefeito de Recife, João Campos. Participaram também o secretário-executivo do MinC, Márcio Tavares; a secretária dos Comitês de Cultura do Minc, Roberta Cristina Martins, e o assessor especial da Secretaria de Relações Institucionais (SRI) da Presidência da República, Mozart Julio Tabosa.
De acordo com a ministra, a liberação de recursos para a requalificação do mercado representa um investimento de alto nível em Pernambuco, sendo mais um ato de reativação da cultura no País. “Para mim, como ministra, e para todo o sistema MinC, é um momento muito importante. É um projeto com memória e representatividade. São tantos os elementos envolvidos na reforma desse mercado que não irá contemplar apenas Pernambuco, mas todos os brasileiros”, declarou Margareth Menezes.
Atualmente, no Mercado São José, atuam cem permissionários, que trabalham com artesanato local, produtos alimentícios e outros serviços. Diariamente, cerca de 500 mil pessoas passam pelo mercado. Ponto turístico da capital pernambucana, o edifício é o mais antigo pré-fabricado em ferro do Brasil.
Por tudo isso, o presidente do Iphan, Leandro Grass, destacou o valor do investimento no Mercado São José tanto pela possibilidade de entrega de um Patrimônio Cultural brasileiro recuperado quanto pelo impacto positivo na comunidade, em termos de inclusão social e desenvolvimento econômico.
“Esta é a principal obra do Novo PAC Patrimônio Cultural em Pernambuco. São mais de R$ 20 milhões que serão repassados à Prefeitura de Recife para uma obra importante para a qualidade de vida dos comerciantes, dos moradores e dos turistas que visitam a cidade, além do aspecto econômico de geração de emprego e renda”, afirmou Grass. “Além desta, serão outras quatro obras na cidade garantidas com recursos do Novo PAC”, adiantou o presidente do Iphan, autarquia federal vinculada ao MinC.
Com o TC, a Prefeitura de Recife se compromete com a execução da obra de requalificação do edifício e a implementação de projetos complementares, como de educação patrimonial e de formação profissional da comunidade local, conforme diretriz do programa. A previsão é de que as obras terminem em janeiro de 2026.
“É um mercado secular, com arquiteturas francesa e inglesa, onde a gente encontra um pouco da cultura pernambucana. E é usado tanto pela comunidade quanto para o turismo. Será o maior restauro do mercado em 50 anos”, destacou o prefeito João Campos.
Sobre o Mercado São José
Inaugurado em 1875, para comercialização de frutas, verduras e peixes, é um raro exemplar da arquitetura do ferro do século XIX. Quando de sua inauguração, havia a expectativa de equiparar Recife às cidades mais modernas do mundo em termos de abastecimento e higiene. O Mercado São José por muito tempo conseguiu manter o seu propósito e abastecia hotéis, restaurantes e navios que atracavam na cidade. Atualmente, o Mercado mantém sua função acrescido de uma variedade de produtos como plantas e raízes.
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