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PATRIMÔNIO EDIFICADO
Publicadas as diretrizes de preservação para o entorno do conjunto arquitetônico Sesc Pompeia (SP)
Conjunto Arquitetônico do Sesc - Fábrica da Pompeia - Foto: Elisa Vaz / Acervo Iphan
Ícone da cidade de São Paulo (SP), o Conjunto Arquitetônico do Sesc - Fábrica da Pompeia teve sua poligonal de entorno e diretrizes de preservação estabelecidas por meio da Portaria Iphan nº 101, publicada em 29 de maio no Diário Oficial da União (DOU). O bem é objeto de tombamento pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan).
A construção das novas diretrizes de preservação, critérios de intervenção e proposta de poligonal de entorno e setorizações a serem adotados passou por um processo de colaboração da sociedade por meio de consulta pública da minuta da portaria, que ficou disponível durante 30 dias para a sociedade.
A publicação das regras de preservação dá publicidade e transparência aos critérios que serão adotados pelo Iphan para análise dos pedidos de intervenção no entorno do bem tombado. Assim, possibilita aos entes públicos e privados maior segurança nos estudos e propostas de desenvolvimento urbano para a área, com base na preservação do patrimônio histórico e cultural.
Juntamente com a publicação da portaria, o Iphan disponibilizou relatório técnico contendo os resultados da consulta pública.
A poligonal de entorno estabelecida enfatiza a importância de preservar a visibilidade do conjunto a partir das vias públicas. Para isso, destacam-se algumas visadas específicas, como a visibilidade do bloco esportivo, dos vestiários e da caixa d'água a partir da Avenida Pompeia e do Viaduto Pompeia, além da visibilidade da fachada de acesso principal a partir da Rua Clélia e do conjunto do Sesc Pompeia a partir da Rua Venâncio Aires.
A poligonal de entorno foi dividida em dois setores, cada um com objetivos específicos de preservação. O "Setor 01" abrange os lotes entre as ruas Barão do Bananal, Três Pontes e Clélia, com foco no diálogo harmônico entre os galpões fabris e o casario local. Já o Setor 02 engloba a Praça Raízes da Pompeia e a quadra delimitada pelas ruas Barão do Bananal, Clélia, Palestra Itália, Avenida Pompeia e Venâncio Aires, com o intuito de garantir a visibilidade do conjunto tombado e manter suas relações com o entorno.
Consulte aqui a poligonal e os setores georreferenciados (link: https://sicg.iphan.gov.br/sicg/protecoes/mapa )
Lina Bo Bardi
Idealizado pela renomada arquiteta ítalo-brasileira Lina Bo Bardi em 1976, o conjunto arquitetônico é uma fusão entre o antigo e o novo, com galpões fabris preservados em harmonia com estruturas brutalistas contemporâneas. A singularidade do projeto reside não apenas na sua estética inovadora, mas também na forma como se integra perfeitamente ao tecido urbano da região. O valor artístico desse conjunto, reconhecido no processo de tombamento, é expresso pela sua adequação ao programa institucional e à situação urbana, bem como pelo brilho artístico da obra como uma arte total.
Em março de 2015, o local foi tombado por unanimidade pelo Conselho Consultivo do Patrimônio Cultural. Fazendo parte de uma seleta lista de obras paulistanas protegidas pelo Iphan, entre as quais estão, entre outras, o Museu de Arte de São Paulo (Masp), também de Lina Bo, as casas de Gregori Warchavchik na Vila Mariana, na Rua Itápolis e na Rua Bahia e a Estação da Luz.
Assessoria de Comunicação Iphan
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