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PRÊMIO RODRIGO 2022
Projeto Moradores: valorizando a memória oral e o patrimônio vivo
O Projeto Moradores - A Humanidade do Patrimônio, de Minas Gerais, foi um dos grandes vencedores da 35ª edição do Prêmio Rodrigo Melo Franco de Andrade, na categoria pessoa jurídica, promovido pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan). A iniciativa tem como objetivo resgatar a memória e a história oral dos brasileiros, tornando-as acessíveis e transformando-as em produtos culturais e educativos.
Criado em 2012 pela produtora Nitro Histórias Visuais e seus quatro membros - o fotógrafo Marcus Desimoni, o escritor Gustavo Nolasco e os diretores Bruno Magalhães e Alexandre Baxter - o Moradores é um projeto de ocupação do espaço público por meio das artes integradas (fotografia, audiovisual e literatura) e apoio à Educação Patrimonial.
Ao longo de seus 10 anos de existência, o projeto já passou por cinco estados brasileiros e 27 cidades/territórios, e já documentou histórias de cerca de 4.000 pessoas, fotografando e gravando memórias afetivas, histórias orais e reflexões sobre localidades e seus bens culturais - tanto materiais quanto imateriais. Uma tenda é montada na praça da cidade que receberá o projeto, e cada morador é chamado para contar sua história e falar sobre suas memórias em relação à cidade/território onde vive. Todos esses registros são ressignificados por meio da edição de conteúdo (fotográfico, audiovisual e literário) e devolvidos à comunidade na forma de produtos culturais e educacionais.
Gustavo Nolasco, idealizador do projeto, conta que a iniciativa surgiu como uma forma de provocar reflexões sobre o conceito de “patrimônio vivo”. A ideia era que, ao invés de olhar apenas para a arquitetura e belezas naturais de uma cidade, os turistas e visitantes também prestassem atenção nos moradores, suas histórias e suas memórias. A memória oral é a base do Projeto Moradores pois, segundo Gustavo, sem ela não se criam relações e laços afetivos entre as pessoas e o território, assim como as futuras gerações de moradores. “Valorizá-la faz parte do nosso processo educativo. Estimulamos que as pessoas contem suas memórias e, ao mesmo tempo, se escutem, pois é dessa forma que se transformam”, aponta.
Para Gustavo, o Prêmio Rodrigo Melo Franco de Andrade contribui para o reconhecimento e fortalecimento de iniciativas como o Projeto Moradores, da mesma forma que a metodologia do próprio Projeto Moradores faz. “A gente se vê reconhecido com esse prêmio é como escutar a nossa própria história e assim, termos orgulho do que fizemos ao ponto de querer fazer mais, querer conservar, querer preservar e querer manter vivo o desejo de lutar pelo Patrimônio Cultural brasileiro”, conclui.
A temporada 2023 do Projeto Moradores já tem duas cidades confirmadas: Paracatu e Cordisburgo, ambas em Minas Gerais. A iniciativa é uma prova viva da importância de se resgatar e valorizar a memória e o Patrimônio Cultural brasileiro, bem como a riqueza de histórias e saberes que cada canto do país tem a oferecer.
Realizado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), o Prêmio Rodrigo tem como objetivo valorizar e promover ações que atuam na preservação dos bens culturais do Brasil. Em 2022, teve como tema a Sustentabilidade Socioeconômica do Patrimônio Cultural e foram escolhidos 10 projetos vencedores.
Foto 2: Marcus Desimoni/Nitro
Foto 3: Gustavo Baxter/Nitro
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