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Pontes históricas são entregues em São João del-Rei (MG)
Apesar dos mais de 200 anos de construção, a Ponte da Cadeia, que passou por obras de restauração, não apresentava qualquer tipo de dano estrutural. Foto: André Brasil / Iphan
Referenciais simbólicos de São João del-Rei (MG), as pontes da Cadeia, do Rosário, do Teatro e da Passarela da Estação Ferroviária tiveram suas obras entregues nessa quarta-feira (08), aniversário de 308 anos da cidade. As intervenções, iniciadas em 2019, receberam investimentos de aproximadamente R$ 1,3 milhão do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), autarquia federal vinculada à Secretaria Especial de Cultura do Ministério do Turismo, através do Programa de Preservação de Cidades Históricas.
De grande importância histórica e econômica para São João del-Rei, as quatro pontes, que atravessam o Córrego do Lenheiro e seus afluentes, passaram por extensas obras de restauração, visando não só a preservação do Patrimônio Cultural, mas também a segurança dos pedestres e motoristas. Além dos trabalhos estruturais, foi feita também a adequação dos passeios para as normas de acessibilidades, bem como projeto luminotécnico. O escopo das intervenções incluiu ainda a consolidação das pedras e argamassas de cal, bem como a remoção de peças metálicas oxidadas e das tintas com o objetivo de trazer as características originais das pontes.
“Isso demonstra o destaque de São João del-Rei dentro das ações estratégicas do Iphan, que já atua na cidade desde 1938, quando seu conjunto arquitetônico e urbanístico foi tombado”, destaca Débora do Nascimento França, superintendente do Iphan em Minas Gerais. “Quando nos referimos à imagem da cidade, as pontes são consideradas elemento arquitetônico de grande poder simbólico”, completa a superintendente.
As pontes de São João del-Rei
O arraial que se formou às margens desse córrego, em decorrência da mineração foi elevado à condição de vila, com o nome de São João del-Rei, no dia 8 de dezembro de 1713. O nome foi uma homenagem ao Rei de Portugal, Dom João V. A princípio, a necessidade de comunicação de uma margem à outra do córrego era suprida por pontes de madeira, que acabavam sendo carregadas pelas enchentes frequentes.
Assim, o senado da câmara mandou construir em 1798 a ponte da intendência, depois que a antiga, feita de madeira, ruiu durante a passagem de uma procissão. A ponte ficou conhecida como “ponte da cadeia” por causa da cadeia que se situava no primeiro andar da atual prefeitura. Em 1800 foi construída a “ponte do rosário”, que tem de um lado a Igreja do Rosário e do outro o Memorial Tancredo Neves e a Igreja de São Francisco. Ambas as pontes de pedra foram executadas pela oficina de pedreiros de Francisco de Lima Cerqueira, construtor da igreja de São Francisco.
No século XIX, com a chegada da ferrovia e a modernização das técnicas construtivas, vieram as pontes do Teatro Municipal e da Estação Ferroviária. Utilizando estrutura metálica, com referência direta à engenharia ferroviária, estas pontes tornaram-se símbolos da modernização trazida pelo trem.
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