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SUSTENTABILIDADE
Política de salvaguarda beneficia bens registrados nas cinco regiões em 2022
As Matrizes Tradicionais do Forró, no Acre, foram um dos bens envolvidos em ações de salvaguarda (Foto: José Caminha/Secom-AC)
Projetos educativos, fomento a cadeias produtivas, produção de conhecimento e fortalecimento de mestres e mestras estão entre as ações da política de salvaguarda executada pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico (Iphan) em 2022. A política visa fortalecer comunidades detentoras, promovendo a articulação com parceiros institucionais, como órgãos de cultura estaduais e municipais, e garantindo o fortalecimento das condições de produção e reprodução de bens culturais reconhecidos como Patrimônio Cultural do Brasil, tais como o Complexo Cultural do Bumba-meu-Boi do Maranhão, o Complexo Cultural do Boi Bumbá do Médio Amazonas e Parintins, Jongo no Sudeste e o Marabaixo no Amapá.
Em todo o ano passado, foram listadas 167 ações de salvaguarda, conforme os dados do relatório, abarcando 42 bens registrados como Patrimônio Cultural do Brasil, o que representa 81% do total de 52 bens registrados. As ações realizadas estão divididas nos eixos Gestão Participativa, Difusão e Valorização, e Produção e Reprodução Cultural. Os dados são do Relatório Anual de Monitoramento das Ações de Salvaguarda para bens culturais registrados ciclo 2022.
Uma das ações foi o festival “Aquiri: cantos e baques da floresta”, promovido no estado do Acre, no âmbito das Matrizes Tradicionais do Forró, bem de abrangência nacional. O evento ocorreu na capital Rio Branco, em novembro de 2022, realizado pelo Instituto Baquemirim em parceria com o Iphan, tendo como objetivo difundir folguedos tradicionais da cultura popular acreana, como o Boi Carion, um boi de reisado com uma história de quase 100 anos, realizado no município de Mâncio Lima (AC), fortemente marcado pela musicalidade dos artistas dos seringais. A festa do Boi Carion e os ritmos, cantos e danças dos seringais são referências culturais importantes para as comunidades detentoras das Matrizes do Forró no estado.
Avaliação
“O Relatório Anual de Monitoramento das ações de salvaguarda nos fornece dados importantíssimos sobre o alcance destas, sobre as formas de articulação necessárias com diferentes instituições e entes públicos nos processos de elaboração e execução das ações de salvaguarda”, avalia a coordenadora-geral de promoção e sustentabilidade, Alessandra Lima. “Importante mencionar, ainda, que a elaboração e a implementação das ações ocorrem em diálogo contínuo com as comunidades detentoras de bens registrados”, completou.
A maioria das ações teve como público-alvo as comunidades detentoras dos bens culturais registrados - cerca de 95% das atividades envolviam esse segmento. Já 44 delas tinham relação com parceiros institucionais, como prefeituras, governos estaduais e outras instituições federais. Aproximadamente 36% das ações envolvem a sociedade civil e 32%, parceiros não governamentais.
O relatório também demonstrou que as ações do Iphan no campo do Patrimônio Imaterial possuem elevada capilaridade. Do total, 48% das ações de salvaguarda envolviam regiões metropolitanas de capitais, 60% englobavam as capitais e 73% abarcando o interior do Brasil. Além da elaboração de Planos de Salvaguarda, as ações resultaram em diferentes produtos, como capacitações, editais culturais, eventos, produtos de pesquisa, produtos gráficos, audiovisuais e artísticos, publicações e aquisição ou manutenção de bens e serviços, bem como a ocupação ou adequação de espaços de uso coletivo.
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