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PAÇO IMPERIAL
Paço Imperial (RJ) inaugura nova programação de exposições
Foto: Pedro Oswaldo Cruz
A partir de 3 de agosto, quem visitar o Centro Cultural do Patrimônio Paço Imperial (CCPPI) terá a oportunidade de conhecer os múltiplos formatos da arte contemporânea brasileira. Unidade especial do Instituto Histórico e Artístico Nacional (Iphan), o Paço Imperial, localizado no centro do Rio de Janeiro (RJ), irá inaugurar uma nova temporada de exposições, com uma programação que contará com mostras individuais de renomados artistas brasileiros, além de coletivas com obras da coleção do Instituto PIPA e dos vencedores do Prêmio PIPA 2024. As exposições ficarão em cartaz até o dia 20 de outubro.
Entre os destaques individuais está a exposição "Agitações pelo número", de José Patrício. Com curadoria de Paulo Herkenhoff, a mostra reunirá mais de 70 obras do artista pernambucano, conhecido por sua abordagem singular da geometria e da matemática na arte. As obras serão dispostas nas Salas Gomes Freire e sua antecâmara, e na Sala Treze de Maio, com séries que variam de espirais cromáticas a peças de quebra-cabeças de plástico, convidando o público a uma profunda reflexão sobre o número e a arte combinatória.
Outro nome presente na programação é o de Amador Perez, que celebra 50 anos de carreira com a exposição "Amador Perez 50 Anos Fotolivrografia". Com 169 obras distribuídas em quatro núcleos, a mostra traça um panorama da trajetória do artista desde 1974, passando por suas experimentações com xerox nos anos 70 até a adoção da fotografia digital na década de 2010. As obras proporcionam um mergulho na evolução técnica e temática de Perez.
A artista Mirela Cabral faz sua estreia no Rio de Janeiro com a exposição "Olhos cheios", sob curadoria de Ligia Canongia. A mostra ocupará três salas do Paço Imperial - Trono, Dossel e Amarela - e apresentará 20 pinturas abstratas, sendo 17 sobre tela e três sobre papel, realizadas nos anos 2020. Autodidata, Mirela transita entre diversas influências e técnicas, criando obras que exploram a memória, a rotina e a relação com o espaço.
Dora Pellegrino e João Saldanha, por sua vez, apresentam "Tinha", uma exposição que reflete sobre a liberdade de desenhar sem definir um estilo específico. Dora mergulha em suas referências e observações do cotidiano, criando ilustrações e charges que capturam a velocidade da vida moderna. A mostra também homenageia o centenário de nascimento do psicanalista Hélio Pellegrino, pai da artista, integrando suas poesias às obras expostas.
A mostra "Terra Vermelha", do artista Raul Leal, aborda a destruição ambiental no Norte e Noroeste Fluminense e exibe trabalhos que documentam a região, propondo uma prática artística que une sustentabilidade e artes visuais. Leal utiliza fotografia, desenho e gravura para expor a devastação ambiental e a resistência da vida natural nessas áreas, criando um inventário visual que denuncia as agressões ao ecossistema local. A exposição é um desdobramento de um projeto iniciado no Sesc-Campos, onde o artista realizou ações diretas de reflorestamento e engajamento comunitário.
Duas exposições coletivas também irão integrar a programação. O Prêmio PIPA, que celebra sua 15ª edição e é considerado uma das principais premiações de arte contemporânea do País, apresentará a exposição "Prêmio PIPA 2024", com trabalhos dos artistas premiados na edição deste ano: Aislan Pankararu, Aline Motta, enorê e Nara Guichon. Com propostas que vão desde a pintura e instalação até tapeçarias e cerâmicas, as obras refletem a diversidade e a inovação da arte contemporânea brasileira. Além disso, a mostra "Coleção do Instituto PIPA: 15 anos…" trará ao público uma seleção de obras que marcam a história da arte no Brasil, incluindo trabalhos de Arjan Martins, Bárbara Wagner, Berna Reale, entre outros.
Sobre o Paço Imperial
Situado no corredor cultural do Rio de Janeiro, o Paço Imperial é um exemplo de monumento histórico que, em diferentes momentos, foi palco de importantes acontecimentos da história. Antiga residência do governador e do Vice-Rei no século XVIII, o edifício foi o centro das movimentações políticas e sociais da época, registrando importantes fatos históricos do Brasil Colônia, Real e Imperial.
Tombado pelo Iphan em 1938, o Paço Imperial foi restaurado e tornou-se um centro cultural vinculado ao Instituto em 1985. Atualmente, é um espaço multicultural com programação de artes visuais, artes cênicas, música, seminários e serviços de lojas e restaurantes. O local também abriga a Biblioteca Paulo Santos, originária do acervo particular do arquiteto e historiador. A Biblioteca conta com cerca de oito mil volumes e 250 títulos de periódicos, além de obras raras dos séculos XVI a XVIII sobre arquitetura, engenharia e literatura brasileira e portuguesa.
Serviço:
Abertura: 3 de agosto, das 14h às 18h
Período de exposição: 03 de agosto a 20 de outubro de 2024
Horário de visitação: de terça a domingo, das 12h às 18h
Endereço: Praça XV de Novembro, 48 - Centro, Rio de Janeiro (RJ)
Entrada Gratuita
Mais informações para a imprensa
Assessoria de Comunicação Iphan
Ana Carla Pereira - carla.pereira@iphan.gov.br
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