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Oficina debate a salvaguarda do Jongo no Rio de Janeiro (RJ)
Foto: Ana Carla Pereira/Iphan
Nos dias 27 e 28 de abril, a sede do Caxambu do Salgueiro, no Morro do Salgueiro (RJ), recebeu a Oficina de Salvaguarda do Jongo do Sudeste, promovida pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan). Esta foi a primeira de um ciclo de oficinas voltadas para a preservação e valorização do bem cultural no estado, reunindo detentores e diversas instituições.
O evento contou com a participação de 23 lideranças jongueiras do estado do Rio de Janeiro e de representantes do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), Instituto Federal Fluminense (IFF), Instituto Estadual do Patrimônio Cultural (Inepac), Fiocruz, Universidade Federal Fluminense (UFF) e da Secretaria Estadual de Cultura e Economia Criativa do Rio de Janeiro (Secec).
O ciclo de oficinas busca fortalecer os vínculos entre as comunidades jongueiras e promover a articulação institucional. “Buscamos também sensibilizar potenciais parceiros para a gestão compartilhada da salvaguarda do jongo, com atenção especial para as ações previstas no plano de salvaguarda estadual, que deverá ser publicado ainda este ano”, destaca Letícia Ribeiro, técnica do Iphan no Rio de Janeiro.
No primeiro dia, os detentores debateram sobre critérios para a inclusão de novos grupos na salvaguarda. A data também foi marcada pela validação da minuta do Plano de Salvaguarda, definição de ações prioritárias e troca de experiências sobre atividades de educação patrimonial realizadas em cada comunidade. O segundo dia foi dedicado ao diálogo com parceiros sobre a preservação do jongo, com foco na sustentabilidade.
“Foi um final de semana histórico para todos nós. Receber e compartilhar experiências com outras comunidades jongueiras ancestrais e ter nossas demandas ouvidas foi muito significativo”, comenta o integrante do grupo Caxambu do Salgueiro, Marcelo Olajinminá.
“Eventos como esse são de extrema importância, pois nos ajudam a conhecer nossos caminhos. É necessário que tenhamos o acompanhamento de instituições como o Iphan para garantir a preservação do jongo”, completa o mestre Nico Tomaz, líder da comunidade jongueira Caxambu Sebastiana II, de Santo Antônio de Pádua.
O ciclo de oficinas para a salvaguarda do jongo contará, ainda, com eventos em Campos dos Goytacazes e Pinheiral, no interior fluminense. Os próximos encontros estão previstos para os meses de junho e agosto.
Patrimônio Cultural Imaterial do Brasil
O jongo é um elemento de resistência cultural para diversas comunidades e foi registrado como Patrimônio Cultural Imaterial do Brasil em 2005 pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan). O registro teve como base a pesquisa para o Inventário Nacional de Referências Culturais (INRC), desenvolvido pelo Centro Nacional de Folclore e Cultura Popular (CNFCP/Iphan).
Também conhecido como tambu, batuque e caxambu, o jongo é uma forma de expressão que mescla percussão de tambores e dança coletiva. Com suas raízes nos saberes e crenças dos povos de língua bantu, o jongo é cantado e tocado de diversas formas e consolidou-se entre os povos escravizados que trabalhavam nas lavouras de cana-de-açúcar e café localizadas no Sudeste do Brasil.
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