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ARQUEOLOGIA
No Ceará, Iphan cadastra 40 novos sítios arqueológicos
No Ceará, o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) registrou 40 novos sítios arqueológicos, ampliando para 1392 o número de sítios conhecidos no estado. Foram cadastrados sítios nos municípios de Crateús, Croatá, Guaraciaba do Norte, Hidrolândia, Independência, Ipu, Ipueiras, Poranga, Tianguá, Ubajara, Uruoca, Varjota e Viçosa do Ceará.
Os registros são resultado da execução de um Plano de Ação para contração de uma empresa de cadastramento de sítios arqueológicos nos Sertões de Crateús, Serra da Ibiapaba e adjacências, regiões que apresentavam numerosas solicitações de vistorias pela equipe técnica de arqueologia.
"Além de registrar e fazer uma excelente documentação fotográfica de 40 sítios arqueológicos, na sua maioria de arte rupestre, o Plano de Ação também traz uma questão muito importante, a conservação desses sítios. É preciso pensar, analisar e trabalhar conjuntamente com prefeituras, estado, instituições parceiras, organizações não governamentais e a própria comunidade”, destaca a superintendente do Iphan no Ceará, Cristiane Buco. “É preciso cadastrar a maior quantidade de sítios para a gente poder pensar em ações de preservação. Se a gente não cuidar, perderemos informações, é um passado que pode estar sendo apagado. É um direito das futuras gerações ter acesso a esses registros”.
Entre os novos sítios, inseridos no Sistema Integrado de Conhecimento e Gestão (SICG/Iphan), destacam-se três grupos: unidades domiciliares, conhecidas como “casas de pedra”, dos séculos XVIII e XIX, representativas de atividades econômicas locais como a pecuária e a produção algodoeira; aldeias ceramistas Tupi-guarani, com ampla dispersão de vestígios cerâmicos em superfície; sítios da arte rupestre gravada e pintada, identificadas em paredões e abrigos rochosos de arenito e granito.
Com a conclusão dos trabalhos, a superintendência do Iphan no Ceará solicitou ao Centro Nacional de Arqueologia (CNA/Iphan) a homologação dos 40 novos sítios e informou às prefeituras municipais sobre a presença desses bens arqueológicos nos seus respectivos territórios.
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Marina Baldoni Amaral – marina.amaral@iphan.gov.br
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