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PATRIMÔNIO EDIFICADO
Na Bahia, Iphan celebra os 60 anos da Carta de Veneza
O Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) realiza, nesta quarta-feira (26/6), a mesa temática “60 anos da Carta de Veneza: repercussão na América Latina e desafios contemporâneos”. O encontro se inicia às 14h, na Casa dos Sete Candeeiros, sede da Superintendência do Iphan na Bahia, e contará com a participação dos arquitetos Paulo Ormindo de Azevedo e Nivaldo Andrade. O evento é aberto ao público, sujeito a lotação, e será transmitido pelo canal do Iphan no Youtube.
Os profissionais vão discutir a repercussão e os impactos do documento no Brasil e na América Latina, a partir de suas experiências pessoais e de pesquisas sobre o tema. Eles vão lançar olhares sobre uma atualização crítica do conteúdo da Carta, que trata da conservação e restauração de monumentos e sítios históricos, frente aos desafios atuais.
O que é um monumento histórico?
A publicação da Carta de Veneza, construída durante o II Congresso Internacional de Arquitetos e Técnicos de Monumentos Históricos, em Veneza, em maio de 1964, é destacada na trajetória de preservação do Patrimônio Cultural. A carta contribuiu para o surgimento de mudanças significativas nas abordagens e percepções sobre o patrimônio edificado. Um dos avanços importantes que o documento trouxe foi a ampliação da noção de monumento histórico, permanecendo até hoje como um documento basilar do campo da conservação e da restauração.
“A noção de monumento histórico compreende a criação arquitetônica isolada, bem como o sítio urbano ou rural que dá testemunho de uma civilização particular, de uma evolução significativa ou de um acontecimento histórico. Estende-se não só às grandes criações, mas também às obras modestas, que tenham adquirido, com o tempo, uma significação cultural”, diz o trecho inicial da carta.
“A noção de monumento histórico [...] estende-se não só às grandes criações, mas também às obras modestas, que tenham adquirido, com o tempo, uma significação cultural.” (Trecho da Carta de Veneza)
Diante dos novos desafios que atravessam as discussões sobre a preservação do patrimônio, os 60 anos da publicação da Carta de Veneza chegam como um momento propício para rememorar o contexto histórico de sua criação e a recepção em outros contextos culturais, de modo a permitir uma releitura crítica deste percurso.
Palestrantes
Paulo Ormindo de Azevedo formou-se em Arquitetura pela Universidade Federal da Bahia (UFBA), em 1959. Após ingressar como instrutor de ensino da Faculdade de Arquitetura (FAUFBA), em 1963, tornou-se professor titular desta universidade em 1996, de onde se aposentou em 2007. Ele trabalhou no Iphan-BA e foi membro do Conselho Consultivo do Patrimônio Cultural do Iphan, além de ter sido consultor da Unesco, realizando missões em toda a América Latina, Caribe e África Lusófona. Recebeu o Prêmio Rodrigo Melo Franco de Andrade, em 1999, e a Medalha Mário de Andrade, em 2017.
Nivaldo Andrade formou-se em Arquitetura pela Universidade Federal da Bahia, em 2002, tornando-se mestre (2006) e doutor (2012) pela mesma universidade. Ele é professor associado da Faculdade de Arquitetura da UFBA, de onde se tornou também professor permanente do Mestrado Profissional em Conservação e Restauração de Monumentos e Núcleos Históricos (MP-CECRE) e do Programa de Pós-Graduação em Arquitetura e Urbanismo (PPG-AU) da UFBA.
Serviço:
Mesa 60 anos da Carta de Veneza
Data: 26/06/2024
Horário: 14h
Local: Casa dos Sete Candeeiros – sede da Superintendência do Iphan na Bahia
Transmissão pelo canal do Iphan no Youtube.
Assessoria de Comunicação Iphan
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