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PATRIMÔNIO IMATERIAL
Movimento realiza pedido de registro do Hip Hop como Patrimônio Cultural do Brasil
Movimento entrega ao Iphan inventário sobre o Hip Hop no Brasil (Foto: Mariana Alves)
A Construção Nacional da Cultura Hip Hop, que reúne representantes do movimento de todo o Brasil, formalizou nesta segunda-feira (17 /7 ) o pedido de registro do Hip Hop Brasileiro como Patrimônio Cultural do Brasil. Em marcha, o movimento partiu da praça Zumbi dos Palmares, em frente ao Conic , percorrendo as ruas de Brasília (DF) , com direção à sede do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), onde fo i recebido pelo presi dente do Instituto , Leandro Grass. Durante a caminhada e em frente ao Iphan, houve batalha de rimas, apresentação de b reakingdance e grafitagem de p ain é is , três das principais manifestações da cultura Hip Hop.
inventário , realizado pelo próprio movimento, em todos os estados brasileiros. O pedido de registro está embasado em um No início deste ano, representantes da Construção Nacional procuraram o Iphan, que orientou o movimento pelo uso do Inventário Participativo do Patrimônio Cultural, instrumento para sensibilização e mobilização social em torno de referências culturais de grupos da sociedade brasileira. A partir do inventário, o movimento elaboro u um dossiê que mapeou o percurso do H ip H op no Brasil , identificando formas de expressão e lugares que compõem o movimento nos vários estados brasileiros.
“Em cinco meses, a gente construiu 2. 03 3 páginas de um inventário participativo. Todo o Brasil H ip H op veio somar. A gente tinha o intuito de preservar a nossa cultura, reconhecer a nossa cultura, garantir que a nossa cultura pudesse exercer toda a arte que pulsa livre, que desse vez nós pud é ssemos iniciar mais 50 anos livre ”, declarou a facilitadora da Construção Nacional do Hip, Cláudia Maciel. “ Cada estado juntou seus grupos de trabalho, e e ssa galera devolveu essas 2.033 páginas entregues. Hip Hop são 40 anos n o Brasil e 50 anos para o mundo. Todos os estados e mais o Distrito Federal fizeram uma força-tarefa . ”
Durante o evento, estiveram presentes, além dos representantes do Hip Hop, autoridades dos poderes Executivo e Legislativo federal e distrital, servidores e o diretor do Departamento do Patrimônio Imaterial (DPI), Deyvesson Gusmão, qu e acompanharam a entrega do dossiê em mãos ao presidente do Instituto, Leandro Grass .
“ A conexão do H ip H op é tudo o que representa a ancestralidade do povo preto brasileiro, apontando para o futuro. É sobre o passado, é sobre o presente, mas é sobre o futuro ”, avaliou o presidente do Iphan, Leandro Grass. “ O que este processo tem proporcionado do ponto de vista da comunicação, de recuperação dos valores culturais do nosso P aís, de recuperação da memória, da herança do povo africano do nosso país, mas, acima de tudo, da promoção da vida, da juventude do nosso país, é algo extraordinário. O hip hop é o P aís dando certo! ” .
Dossiê Hip Hop
O dossiê contém um capítulo sobre o Hip Hop para cada estado brasileiro. Em São Paulo (SP), por exemplo, há a menção à esquina das ruas Dom José de Barros e Vinte e Quatro de Maio, onde uma placa sinaliza que aquele local é o “Marco Zero da Cultura Hip Hop” , ponto de encontro e popularização d a dança de rua. Já na capital Manaus (AM), 1984 é considerado o ano de início do Hip Hop, p or meio da chegada de filmes de breakingda nce e graças à Zona Franca de Manaus, na qual havia intenso comércio de produtos associados ao Hip Hop, como roupas, tênis, fitas de vídeo e fitas k-7.
O
pedido
de
r
egistro entregue ao Iphan s
erá
analisad
o
pelo corpo técnico da instituição e depois t
erá
sua pertinência preliminar avaliada pela Câmara Setorial do Patrimônio Imaterial. Caso se considere pertinente, o processo segue para a etapa de documentação e pesquisa sobre o bem cultural. Finalizada essa etapa, o pedido é então avaliado novamente pelos técnicos do instituto, que
vão emitir um
parecer final e encaminha
r
o processo de
r
egistro para o Conselho Consultivo do Patrimônio Cultural. É essa instância, composta por especialistas no campo do patrimônio, que possui a decisão final sobre o
r
egistro de um bem cultural imaterial.
Fotos: Mariana Alves
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