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PATRIMÔNIO IMATERIAL
Detentores da capoeira no RJ promovem encontro estadual da salvaguarda
Encontro foi promovido por Associação de Capoeira Kilombarte, Ponto de Cultura Rádio Capoeira e Liga Gonçalense de Capoeira. Crédito: Ana Carolina
O encontro contou com apresentação de detentores e formação de grupos de trabalho. O objetivo foi escutar detentores destes saberes e fazeres ancestrais para estabelecer as condições necessárias para implementar a proteção e a preservação do Ofício d os Mestres de Capoeira e das Rodas de Capoeira – Patrimônios Culturais Imateriais do P aís e da humanidade .
“ O Iphan e o Ministério da Cultura estão de volta para acolher as demandas dos detentores e apoiar as iniciativas . E sse patrimônio, que é brasileiro e também foi reconhecido como Patrimônio da Humanidade , merece ser devidamente valorizado ”, enaltece o superintendente do Iphan-RJ Paulo Vidal.
Esse foi o terceiro e último dos encontro s promovido s pela Associação de Capoeira Kilombarte e pelo Ponto de Cultura Rádio Capoeira . A primeira reunião ocorreu em fevereiro, em Niterói (RJ); e a segunda, em março, no Centro Nacional de Folclore e Cultura Popular (CNFCP), unidade do Iphan situada na capital fluminense. O Ministério do Turismo também apoiou a iniciativa. Nos eventos , aprofundou-se a discussão das ações de salvaguarda para compor o Plano de Salvaguarda da Capoeira no RJ. A iniciativa também teve apoio do Governo Federal, Governo do Estado do Rio de Janeiro e Secretaria de Estado de Cultura e Economia Criativa , e da Faculdade de Formação de Professores da Universidade Estadual do Rio de Janeiro (U erj ).
I nscrito no Livro de Registro dos Saberes do Iphan em 2008, o Ofício dos Mestres de Capoeira é exercido por detentores d e conhecimentos tradicionais dessa manifestação. O saber da capoeira é transmitido de modo oral e gestual, de forma participativa e interativa, nas rodas, nas ruas e nas academias, assim como nas relações de sociabilidade construídas entre mestres e aprendizes. Esse bem depende da manutenção da cadeia de transmissão desses mestres para sua continuidade.
Já a Roda de Capoeira foi reconhecida pelo Iphan como Patrimônio Cultural Brasileiro também em 2008, inscrita no Livro de Registro das Formas de Expressão. É um elemento estruturante da manifestação cultural, onde se expressam simultaneamente o canto, o toque dos instrumentos, a dança, os golpes, o jogo, a brincadeira, os símbolos e rituais de herança africana recriados no Brasil. Profundamente ritualizada, a roda de capoeira expressa uma visão de mundo, uma hierarquia e um código de ética que são compartilhados pelo grupo. Na roda , batizam -se os iniciantes, c onsagram -se os grandes mestres e s ão transmit idas p ráticas e valores afro-brasileiros.
Em 2014, a Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco) reconheceu a Roda de Capoeira como Patrimônio Cultural Imaterial da Humanidade. Originada no século XVII, em pleno período escravista, a capoeira desenvolveu-se como forma de sociabilidade e solidariedade entre os africanos escravizados : estratégia para lidar com o controle e a violência. Hoje, é um dos maiores símbolos da identidade brasileira e está presente em todo território nacional, além de ser praticada em mais de 160 países, em todos os continentes.
Confira o vídeo completo do encontro!
Crédito das imagens: Ana Carolina
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